Japão começa a retirar água radioativa de usina nuclear
Trabalhadores começaram hoje a retirar água altamente radioativa que vazava diretamente de um reator danificado na usina nuclear Daiichi, em Fukushima, no Japão. Trata-se de um importante passo para se evitar mais contaminações na água do mar da região e acelerar o processo de estabilização dos reatores.
A água contaminada está no porão do prédio onde fica o reator número 2. Há 25 mil toneladas dessa água, segundo a proprietária da usina, a companhia Tokyo Electric Power (Tepco). A área foi alagada inicialmente pelo tsunami de 11 de março, que ocorreu após um terremoto no mesmo dia.
Mais água foi lançada nas estruturas para resfriar o reator, quando se bombeou 168 toneladas de água fria por dia. Acredita-se que muito dessa água deve ter absorvido radiação e então vazado por meio da piscina de supressão até o piso da unidade onde fica o reator. A câmara de supressão, que em geral guarda água para resfriar o reator, foi bastante danificada por uma explosão de hidrogênio ocorrida em 15 de março.
A radiação da água foi medida em 13 milhões de becquerels de iodo-131 por centímetro cúbico, 300 milhões de vezes acima do limite legal, e 3 milhões de becquerels de césio-137 por centímetro cúbico, o que é 30 milhões de vezes superior ao limite. Parte da água vazou para o oceano, aumentando a radiação em uma área de entre 15 e 20 quilômetros da costa.
De acordo com o plano, 10 mil toneladas de água serão removidas de um tanque de estocagem nos próximos 20 dias. Simultaneamente, começará o trabalho para se construir uma nova estrutura de processamento que irá destilar o sal e substâncias radioativas da água contaminada. A construção deve levar pelo menos dois meses, e assim mais da metade das 25 mil toneladas precisará ficar mais tempo no prédio do reator 2.
"Nosso foco, no momento, será na prevenção de vazamentos de água radioativa no oceano", disse Hidehiko Nishiyama, porta-voz e vice-diretor-geral da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão. Mais cedo neste mês, trabalhadores lançaram 10 mil toneladas de água pouco radioativa no oceano, a fim de obter espaço para guardar a água mais radioativa. Países vizinhos, como Coreia do Sul e China, reclamaram da ação de Tóquio, bem como pescadores da região. Segundo Nishiyama, porém, isso não se repetirá.
Quatro dos seis sistemas de refrigeração dos reatores da usina Daiichi pararam de funcionar em 11 de março, causando problemas de superaquecimento nas unidades 1, 2 e 3. Agora, a Tepco e o governo trabalham com um cronograma para resolver a situação em entre seis e nove meses.
Em 20/04/11, a agência nuclear japonesa informou que a francesa Areva estabelecerá um processo de tratamento para lidar com a água mais contaminada da usina. Nas últimas três semanas, especialistas da Areva estão em Fukushima para ajudar a lidar com a crise. (OESP)
Trabalhadores começaram hoje a retirar água altamente radioativa que vazava diretamente de um reator danificado na usina nuclear Daiichi, em Fukushima, no Japão. Trata-se de um importante passo para se evitar mais contaminações na água do mar da região e acelerar o processo de estabilização dos reatores.
A água contaminada está no porão do prédio onde fica o reator número 2. Há 25 mil toneladas dessa água, segundo a proprietária da usina, a companhia Tokyo Electric Power (Tepco). A área foi alagada inicialmente pelo tsunami de 11 de março, que ocorreu após um terremoto no mesmo dia.
Mais água foi lançada nas estruturas para resfriar o reator, quando se bombeou 168 toneladas de água fria por dia. Acredita-se que muito dessa água deve ter absorvido radiação e então vazado por meio da piscina de supressão até o piso da unidade onde fica o reator. A câmara de supressão, que em geral guarda água para resfriar o reator, foi bastante danificada por uma explosão de hidrogênio ocorrida em 15 de março.
A radiação da água foi medida em 13 milhões de becquerels de iodo-131 por centímetro cúbico, 300 milhões de vezes acima do limite legal, e 3 milhões de becquerels de césio-137 por centímetro cúbico, o que é 30 milhões de vezes superior ao limite. Parte da água vazou para o oceano, aumentando a radiação em uma área de entre 15 e 20 quilômetros da costa.
De acordo com o plano, 10 mil toneladas de água serão removidas de um tanque de estocagem nos próximos 20 dias. Simultaneamente, começará o trabalho para se construir uma nova estrutura de processamento que irá destilar o sal e substâncias radioativas da água contaminada. A construção deve levar pelo menos dois meses, e assim mais da metade das 25 mil toneladas precisará ficar mais tempo no prédio do reator 2.
"Nosso foco, no momento, será na prevenção de vazamentos de água radioativa no oceano", disse Hidehiko Nishiyama, porta-voz e vice-diretor-geral da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão. Mais cedo neste mês, trabalhadores lançaram 10 mil toneladas de água pouco radioativa no oceano, a fim de obter espaço para guardar a água mais radioativa. Países vizinhos, como Coreia do Sul e China, reclamaram da ação de Tóquio, bem como pescadores da região. Segundo Nishiyama, porém, isso não se repetirá.
Quatro dos seis sistemas de refrigeração dos reatores da usina Daiichi pararam de funcionar em 11 de março, causando problemas de superaquecimento nas unidades 1, 2 e 3. Agora, a Tepco e o governo trabalham com um cronograma para resolver a situação em entre seis e nove meses.
Em 20/04/11, a agência nuclear japonesa informou que a francesa Areva estabelecerá um processo de tratamento para lidar com a água mais contaminada da usina. Nas últimas três semanas, especialistas da Areva estão em Fukushima para ajudar a lidar com a crise. (OESP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário