segunda-feira, 18 de abril de 2011

Transplante de células em operários de Fukushima

Autoridades japonesas consideram transplante de células em operários de Fukushima
As estaminais devem ser recolhidas antes da exposição.
As autoridades japonesas estão a ponderar recolher e congelar células de trabalhadores e engenheiros da central nuclear de Fukushima, no caso de estarem expostos a perigosos níveis de radiação, segundo avançou hoje o diário britânico «The Guardian».
Esta proposta é concebida como uma medida de precaução que poderá salvar a vida dos operários que se debatem por manter os reactores nucleares danificados sob controlo. Elevados níveis de radiação podem provocar doenças perigosas e até a morte, mas o estado dos pacientes pode ser tratado caso seja detectado a tempo e sejam submetidos a um transplante de células estaminais recolhidas antes da exposição.
Segundo o jornal inglês, o procedimento requer que os trabalhadores tomem um medicamento durante vários dias, para que a medula óssea liberte células estaminais no sangue. Posteriormente, são ligados a uma máquina, onde o sangue é filtrado para que as células sejam extraídas. Esta técnica já é utilizada em pacientes para tratar cancro, em pessoas cuja medula óssea esteja danificada devido a quimio e radioterapia.
Já há mais de 50 hospitais europeus que se disponibilizaram a ajudar os japoneses caso seja necessário.
Contudo, há quem não concorde totalmente com a medida. Por exemplo, um médico norte-americano e que está a aconselhar o governo japonês, Robert Peter Gale, referiu que é importante ter em conta que estão a lidar com 800 operários e que as células apenas poderão servir a uma pequena percentagem deste grupo.
O especialista recorda ainda que as células podem reconstituir a função da medula óssea, mas esse não é o único alvo de radiação; os pulmões, área gastrointestinal e a pele também são áreas susceptíveis de sofrer danos. (cienciahoje)

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