‘Hidrelétrica ainda é fonte mais competitiva e
não podemos abrir mão’, afirma Tolmasquim
Presidente da EPE alerta, no entanto, que é bom
ter ‘um crivo a mais’ na concessão de licenças. Painel teve participação de
Jorge Trinkenreich, da PSR Consultoria.
Hidrelétricas ainda são a fonte de energia mais
competitiva para o Brasil, apesar de críticas de representantes da sociedade
civil à construção de usinas. A visão é de Maurício Tolmasquim, presidente da
Empresa de Pesquisa Energética (EPE) ao participar do painel “Visão Estratégica
da Matriz Energética”, programação de 06/08/12 no 13° Encontro
Internacional de Energia da FIESP.
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE
“Eu acho que tem uma batalha de comunicação com
a questão da hidrelétrica, que é um recurso que qualquer país do mundo gostaria
de ter e que a gente não pode abrir mão. Isso não é uma batalha do governo
contra uma ou outra ONG. Tem pequenos grupos que falam que representam a
sociedade, mas a sociedade é mais ampla. A Fiesp e a Firjan também representam
a sociedade civil”, afirmou Tolmasquim.
Hidrelétrica sob ataque
A opinião de Tolmasquim encontra eco no diretor
da PSR Consultoria, Jorge Trinkenreich, para quem a hidrelétrica continua sendo
âncora por conta do menor custo no portfólio da energia elétrica renovável, mas
ainda assim tem sido alvo de ataques da mídia e de campanhas sociais.
“A hidroeletricidade é atacada por campanhas
locais e internacionais. Ela é atacada na questão de reservatórios em termos de
regularização, mudança climática e o problema do licenciamento ambiental”,
provocou Trinkenreich. “É importante que a comunicação com a sociedade seja
feita para que ela aceite essas hidrelétricas.”
Tolmasquim lembrou que todo processo de
licitação para a construção de usinas conta com uma avaliação ambiental
integrada, na qual “há uma série de audiências públicas para discutir
abertamente. O Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis] não dá licença de operação se todas as condicionantes que estavam
na licença prévia e de instalação não forem cumpridas. Claro que é bom ter
talvez um crivo a mais.”
Em convergência com a fala do presidente da
EPE, o consultor da PSR, Jorge Trinkenreich, acrescentou ainda que não adianta
“demonizar” o IBAMA se o problema estiver então na qualidade do projeto
hidrelétrico. (fiesp)
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