quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Hidrelétrica ainda é fonte mais competitiva

‘Hidrelétrica ainda é fonte mais competitiva e não podemos abrir mão’, afirma Tolmasquim
Presidente da EPE alerta, no entanto, que é bom ter ‘um crivo a mais’ na concessão de licenças. Painel teve participação de Jorge Trinkenreich, da PSR Consultoria.
Hidrelétricas ainda são a fonte de energia mais competitiva para o Brasil, apesar de críticas de representantes da sociedade civil à construção de usinas. A visão é de Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) ao participar do painel “Visão Estratégica da Matriz Energética”, programação de 06/08/12 no 13° Encontro Internacional de Energia da FIESP.
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE
“Eu acho que tem uma batalha de comunicação com a questão da hidrelétrica, que é um recurso que qualquer país do mundo gostaria de ter e que a gente não pode abrir mão. Isso não é uma batalha do governo contra uma ou outra ONG. Tem pequenos grupos que falam que representam a sociedade, mas a sociedade é mais ampla. A Fiesp e a Firjan também representam a sociedade civil”, afirmou Tolmasquim.
Hidrelétrica sob ataque
A opinião de Tolmasquim encontra eco no diretor da PSR Consultoria, Jorge Trinkenreich, para quem a hidrelétrica continua sendo âncora por conta do menor custo no portfólio da energia elétrica renovável, mas ainda assim tem sido alvo de ataques da mídia e de campanhas sociais.
“A hidroeletricidade é atacada por campanhas locais e internacionais. Ela é atacada na questão de reservatórios em termos de regularização, mudança climática e o problema do licenciamento ambiental”, provocou Trinkenreich. “É importante que a comunicação com a sociedade seja feita para que ela aceite essas hidrelétricas.”
Tolmasquim lembrou que todo processo de licitação para a construção de usinas conta com uma avaliação ambiental integrada, na qual “há uma série de audiências públicas para discutir abertamente. O Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] não dá licença de operação se todas as condicionantes que estavam na licença prévia e de instalação não forem cumpridas. Claro que é bom ter talvez um crivo a mais.”
Em convergência com a fala do presidente da EPE, o consultor da PSR, Jorge Trinkenreich, acrescentou ainda que não adianta “demonizar” o IBAMA se o problema estiver então na qualidade do projeto hidrelétrico. (fiesp)

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