Acidente traz cautela a programa nuclear brasileiro
O governo condicionou o programa de construção de novas quatro usinas nucleares no país aos desdobramentos do acidente nuclear no Japão. As quatro usinas foram planejadas para entrar em operação até 2030, mas poderão nem sair do papel, segundo indicou o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).
O governo condicionou o programa de construção de novas quatro usinas nucleares no país aos desdobramentos do acidente nuclear no Japão. As quatro usinas foram planejadas para entrar em operação até 2030, mas poderão nem sair do papel, segundo indicou o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).
“Se os protocolos evoluírem para restrições mais severas ou mesmo para a interrupção das usinas, o Brasil estará associado às exigências”, disse o ministro, no início da noite de 15/03/11.
Ele estava acompanhado do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Odair Gonçalves, que ainda minimiza o impacto dos problemas em usinas japonesas. “Até agora, na escala oficial, ainda não temos um acidente, mas um incidente, grau quatro, numa escala que vai até sete”, disse. O presidente da CNEN considerou “precipitadas” as decisões de países que já sinalizaram freio nos respectivos programas nucleares.
No programa brasileiro, escolha do local onde serão construídas as quatro novas usinas nucleares depende de uma decisão da presidente Dilma Rousseff e de um conjunto de ministros. “Hoje, Angra dos Reis (onde se localiza as três primeiras usinas brasileiras) não seria o local mais desejável, a população cresceu muito”, comentou Gonçalves. (OESP)
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