História da energia nuclear é marcada por panes fatais
Comparações entre acidentes no Japão e outras catástrofes nucleares se acumulam. História da energia nuclear é marcada por panes e desastres, frequentemente custando vidas humanas. Uma cronologia de quase seis décadas.
Julho de 2009: O reator da usina de Krümmel, no estado alemão de Schleswig-Holstein, é retirado imediatamente da rede, devido a curto-circuito num transformador. No final de 2007, um equipamento de construção análoga se incendiara, após um curto-circuito.
Julho de 2006: Um dos três reatores da central nuclear sueca Forsmark é automaticamente desligado da rede, em decorrência de um curto-circuito. Em seguida é desativado.
Dezembro de 2001: Uma explosão de hidrogênio provoca distúrbios de funcionamento na usina de Brunsbüttel, Schleswig-Holstein. Somente em fevereiro do ano seguinte, por pressão das autoridades de fiscalização, o reator é retirado da rede para inspeção.
Outubro de 2000: A controvertida usina tcheca de Temelin entra em funcionamento. Até o início de agosto de 2006 são registrados quase 100 casos de mau funcionamento.
Setembro de 1999: Numa unidade de reprocessamento de urânio, na cidade japonesa de Tokaimura, inicia-se uma reação em cadeia descontrolada, liberando altos níveis de radiação. A causa fora falha humana: operários insuficientemente preparados haviam depositado num tanque de precipitação sete vezes a quantidade máxima permitida de urânio.
Abril de 1986: Até hoje a maior catástrofe em todo o mundo foi a explosão de um reator de água leve moderado a grafite em Tchernobil, Ucrânia (na época parte da União Soviética). O incidente causa a morte imediata de 32 pessoas, milhares de outras sucumbem em consequência da irradiação nuclear, 120 mil têm que ser evacuadas. Nuvens e ventos carregam a radioatividade também à Europa Ocidental. Até hoje não se tem uma medida exata das consequências.
Março de 1979: Defeitos técnicos e falhas humanas provocam o colapso do sistema de refrigeração da usina Three Mile Island, próxima a Harrisburg, nos Estados Unidos. Ocorre o derretimento parcial do reator. As centenas de quilômetros do local do acidente, ainda se pode medir uma nuvem radioativa. Mais de 200 mil pessoas são evacuadas. Trata-se do mais grave acidente nuclear nos EUA, até hoje.
Janeiro de 1977: Curtos-circuitos em duas linhas de alta voltagem causam prejuízo total na central nuclear de Gundremmingen, na Baviera, Alemanha. O prédio do reator fica contaminado com água de refrigeração radioativa.
Julho de 1973: Segunda explosão na estação de reprocessamento de combustível radioativo de Windscale (rebatizada Sellafield a partir de 1983), na Inglaterra. Grande parte da unidade fica contaminada.
Outubro de 1957: Incêndio numa das centrais de Windscale, num reator para preparação de plutônio destinado à utilização em bombas. Gases radioativos contaminam uma área de centenas de quilômetros quadrados. Pelos menos 39 pessoas morrem em consequência.
Setembro de 1957: Na unidade soviética de processamento de plutônio Maiak explode um tanque subterrâneo de concreto contendo detritos radioativos líquidos. Pelo menos mil pessoas morrem, 10 mil sofrem contaminação: até hoje não há números confiáveis a respeito. Desde então, uma aérea de 300 por 40 quilômetros está contaminada por radioatividade. Trata-se de uma das maiores catástrofes atômicas da história, somente em 1976 relatada por um cientista dissidente, e oficialmente confirmada em 1990.
Dezembro de 1952: Grave explosão na central nuclear de Chalk River, próxima a Ottawa, Canadá. Uma fusão parcial destrói o núcleo do reator. (EcoDebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário