sexta-feira, 4 de abril de 2014

Consumo de eletricidade cresceu 8,6% em fevereiro

Consumo de eletricidade cresce 8,6% em fevereiro, diz EPE
O consumo de energia elétrica atingiu em fevereiro/14, o nível mais alto dos últimos dez anos. Entre os consumidores de baixa tensão, residenciais e comerciais, a alta foi de 14,6% em ralação a igual período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), são um novo alerta para o setor, que convive com o baixo nível dos reservatórios.
O consumo de energia elétrica cresceu 8,6% em fevereiro de 2014 na comparação com igual período em 2013, passando de 40,251 mil GWh para 41,403 mil GWh. Os dados foram divulgados em 27/03/14 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No acumulado do bimestre, o consumo ultrapassou 81 mil GWh, com avanço de 6,8% ante igual período do ano anterior.
"A manutenção de temperaturas elevadas entre janeiro e fevereiro tem acarretado a intensificação do uso de condicionadores de ar, levando ao aumento do consumo de eletricidade nos lares e estabelecimentos comerciais. Além disso, houve a influência de mais dias úteis", diz a EPE em nota enviada à imprensa. A Resenha Mensal de consumo ainda não está disponível no site da EPE.
Ainda segundo a nota, o consumo residencial avançou 13,3% em fevereiro ante igual mês de 2013. Já o consumo do setor de comércio e serviços expandiu 16,6%, e o consumo industrial, apenas 1,4% ante fevereiro de 2013, "refletindo performance de segmentos eletro-intensivos".
Baixo nível das represas do Sudeste fez governo acionar as termoelétricas.
Para atender à demanda, todas as termoelétricas estão em operação, representado cerca de 28% do total da energia produzida. A situação nos reservatórios também é crítica. Em 24/03/14 o Operador Nacional do Sistema (ONS) já havia revisado para baixo as previsões para o nível de água em março, de 38,2% para 36,9%. Em 2001, ano do racionamento, os reservatórios estavam em 34,53%. O governo nega risco de racionamento.
“A situação é de dois anos de seca, com chuvas abaixo da média. Como o nosso sistema é hidroelétrico, sem água há problemas. Teríamos mais segurança com mais termoelétricas na base da geração”, avalia o analista Walfredo Ávila, presidente da consultoria Trade Energy.
Segundo ele, a tendência é de redução no consumo dos próximos meses. “Dizer que não pode acontecer (um racionamento) seria temerário. O momento é de precaução e observação”, completa.
Indústria
Outra justificativa para o aumento no consumo neste mês é a maior incidência de dias úteis, pois o carnaval foi em março. A variação afeta, sobretudo, o consumo comercial e industrial de energia.
O consumo de eletricidade pela indústria é usado como termômetro do ritmo de produção. A avaliação do boletim é que o ritmo segue “enfraquecido” no setor.
A região Sudeste, onde se concentra a maior parte do parque industrial brasileiro, tem contribuído para a baixa aceleração do consumo. O consumo industrial de fevereiro, na região, ficou 0,3% abaixo do registrado em igual mês de 2013. Em São Paulo, a queda de 1,6% foi influenciada pelos setores automotivo, de alumínio e químico. No Rio, o recuo de 2,6% foi puxado, sobretudo, pelo setor siderúrgico. (OESP)

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