quarta-feira, 30 de abril de 2014

Indonésia e Malásia apostam em biodiesel

Indonésia e Malásia apostam em biodiesel para conter cotação da palma
O óleo de palma, mais conhecido no Brasil como dendê.
Os dois maiores produtores de óleo de palma do mundo, a Indonésia e a Malásia, estudam aumentar o consumo de biodiesel em suas respectivas matrizes energéticas. O movimento vem como resposta à recente queda no preço internacional da commodity que, no mês passado, atingiu seu menor patamar em três anos.
O óleo de palma é o óleo vegetal mais consumido do mundo, mas nos últimos meses a demanda relativamente fraca fez que os estoques do produto atingissem níveis recordes. Segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, ao final da temporada agrícola 2013/14 os estoques atingiram o patamar de 9,7 milhões de toneladas - alta de 21% - enquanto o consumo deverá ter o pior desempenho em 12 anos crescendo módicos 4,6%.
Isso levou a cotação futura do óleo de palma na bolsa de Kuala Lumpur à menor cotação desde outubro de 2009. Na Bolsa da Malásia de Derivativos – referência para o produto – os contratos com entrega em novembro caíram para US$ 729 por tonelada.
Biodiesel
Em função dessa queda dos preços, os governos dos dois países asiáticos vêm discutindo estratégias para aumentar suas demandas internas pelo produto. Em 3001/14 os ministros da agricultura de ambos os países tiveram uma reunião sobre o assunto.
Desde o começo de setembro, a Indonésia tornou obrigatória a adição de 10% de biodiesel em todo o óleo diesel consumido – o patamar de mistura anterior era de 7,5%. O governo de Jacarta também estuda tornar obrigatório para as termoelétricas o consumo de combustível misturado com até 20% de biodiesel.
A medida, segundo o ministro da agricultura do país, Susilo Siswoutomo, também visa reduzir as importações de petróleo e derivados. A Indonésia consome cerca de 35 bilhões de litros de óleo diesel por ano e, segundo a consultoria Platts, importa aproximadamente 16% desse volume.
Na Malásia, o aumento será feito de forma gradual. Mas a ideia é sair de 5% para convergir também para 10% do total. (aboissa)

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