A expansão do sistema elétrico brasileiro tem elevado o número de equipamentos obsoletos nas subestações de transmissão, fato que aumenta o risco de acidentes. Estudo elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para o período 2008-2011, identificou 179 disjuntores (dispositivo que protege a instalação elétrica de sobrecargas) superados, que precisam ser substituídos, e outros 211 em estado de alerta, próximos da superação. Somados, representam 48% dos equipamentos avaliados no período.
O relatório, intitulado Estudo de Curto-Circuito, foi entregue em abril à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para auxiliá-la na fiscalização e modernização do sistema. Mas o ritmo de substituição dos equipamentos tem sido motivo de preocupação. Segundo especialistas, as obras não têm acompanhado a evolução do parque nacional, o que provoca restrições na operação do sistema. Para driblar o problema, têm sido adotadas medidas paliativas para reduzir riscos de danos na rede.
Em apresentação feita há cinco meses, no Encontro ONS/Agentes, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, levantou o problema ao afirmar que "a substituição dos equipamentos superados estava ocorrendo em prazo incompatível com a entrada em operação das novas obras da rede, comprometendo os benefícios que seriam proporcionados pelas novas instalações".
Na ocasião, ele citou como exemplo a Subestação Estreito, prejudicada pela superação de equipamentos em outras instalações. Isso estaria restringindo a operação das usinas da bacia do Rio Grande, que poderia atingir 800 MW. Em entrevista ao Estado ontem, no entanto, Chipp disse que os disjuntores estão sendo trocados e frisou que a superação desses equipamentos não tem relação com o blecaute ocorrido na semana passada.
O presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), José Claudio Cardoso, explica que, além de ser cara, a troca dos equipamentos depende de autorização da Aneel. Segundo ele, em alguns casos, se o custo for muito alto, a agência opta por fazer licitação, afinal o custo é repassado para a tarifa. Outra restrição, comenta o executivo, é que a troca exige a paralisação da operação da subestação. Cardoso comenta que um equipamento superado não tem capacidade para isolar um acidente, que pode se propagar para outras instalações e até explodir.
De acordo com o estudo do ONS, para 2011 o número de disjuntores superados sobe para 433 unidades, além de 230 em alerta. "O grande problema é que não há no setor elétrico vigilância na manutenção do sistema. Não adianta instalar um monte de linhas se não houver manutenção adequada", afirma o professor da USP, Ildo Sauer. "Vivemos uma crise de gestão e organização no setor elétrico."
O relatório, intitulado Estudo de Curto-Circuito, foi entregue em abril à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para auxiliá-la na fiscalização e modernização do sistema. Mas o ritmo de substituição dos equipamentos tem sido motivo de preocupação. Segundo especialistas, as obras não têm acompanhado a evolução do parque nacional, o que provoca restrições na operação do sistema. Para driblar o problema, têm sido adotadas medidas paliativas para reduzir riscos de danos na rede.
Em apresentação feita há cinco meses, no Encontro ONS/Agentes, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, levantou o problema ao afirmar que "a substituição dos equipamentos superados estava ocorrendo em prazo incompatível com a entrada em operação das novas obras da rede, comprometendo os benefícios que seriam proporcionados pelas novas instalações".
Na ocasião, ele citou como exemplo a Subestação Estreito, prejudicada pela superação de equipamentos em outras instalações. Isso estaria restringindo a operação das usinas da bacia do Rio Grande, que poderia atingir 800 MW. Em entrevista ao Estado ontem, no entanto, Chipp disse que os disjuntores estão sendo trocados e frisou que a superação desses equipamentos não tem relação com o blecaute ocorrido na semana passada.
O presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), José Claudio Cardoso, explica que, além de ser cara, a troca dos equipamentos depende de autorização da Aneel. Segundo ele, em alguns casos, se o custo for muito alto, a agência opta por fazer licitação, afinal o custo é repassado para a tarifa. Outra restrição, comenta o executivo, é que a troca exige a paralisação da operação da subestação. Cardoso comenta que um equipamento superado não tem capacidade para isolar um acidente, que pode se propagar para outras instalações e até explodir.
De acordo com o estudo do ONS, para 2011 o número de disjuntores superados sobe para 433 unidades, além de 230 em alerta. "O grande problema é que não há no setor elétrico vigilância na manutenção do sistema. Não adianta instalar um monte de linhas se não houver manutenção adequada", afirma o professor da USP, Ildo Sauer. "Vivemos uma crise de gestão e organização no setor elétrico."
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