Documento aponta que sistema já havia apresentado problemas quase 10 horas antes do blecaute
Documento da diretoria técnica de Itaipu sobre a operação da hidrelétrica binacional em 10 de novembro, dia do apagão, mostrou que o sistema de transmissão que escoa a energia da usina ao Brasil já tinha apresentado problemas no período da tarde, quase 10 horas antes do blecaute que atingiu 18 Estados brasileiros. Segundo o relatório, houve o desligamento automático, às 13h31min, da linha de 765 kilovolts (kV) Itaberá/Tijuco Preto 02, "supostamente causado por descarga atmosférica, sendo ligada às 13h56min após análise das proteções atuadas".
O grupo de trabalho criado pelo governo para analisar as causas do apagão está reunido na manhã desta terça-feira no Ministério de Minas e Energia. A reunião é presidida pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Participam também o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim; o diretor de engenharia da Eletrobrás, Valter Cardeal e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.
A informação sobre o problema no sistema de transmissão consta no material encaminhado na segunda-feira, 16, pela direção de Itaipu ao Ministério Público Federal (MPF) de Goiás, que abriu procedimento administrativo para apurar as causas e os responsáveis pelo apagão da semana passada.
A diretoria técnica da usina informou ao MPF-GO que, por recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o "intercâmbio Itaipu/Eletrobrás 60 Hz (hertz) foi reduzido em até 1,4 mil MW (megawatts) médios" das 13h30min às 19h15min. Essa medida foi adotada por conta do registro de descargas atmosféricas ao longo do sistema de transmissão de 765 kV. Adicionalmente, o vertedouro da hidrelétrica foi fechado às 19h30min.
Apesar das medidas operacionais preventivas, houve o desligamento de todas as linhas de transmissão que escoam a energia da usina ao Brasil e ao Paraguai às 22h13min, provocando a perda total da geração de Itaipu. Isso significou uma interrupção no envio de 11,78 mil MW médios da usina, dos quais 10,9 mil MW médios ao Brasil e 880 MW médios ao Paraguai. Às 22h25, as unidades geradoras da hidrelétrica foram restabelecidas, e o fornecimento de energia ao país vizinho começou a ser retomado às 22h29min, sendo normalizado às 22h48min.
No Brasil, o processo de restabelecimento teve início às 23h30min, com a retomada do sistema de transmissão 765 kV, com conexão entre Itaipu, Sul e Sudeste totalmente normalizado às 3h51min do dia 11 de novembro. Intercâmbio na linha com frequência de 60 Hz ocorreu às 6h.
Um dos documentos encaminhados ao Ministério Público é o Boletim Diário da Operação do dia 10 de novembro, produzido pelo ONS. Neste material, as causas do desligamento das linhas de transmissão de Furnas não haviam sido identificadas. Horas depois, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o blecaute foi provocado "por descargas atmosféricas (raios), ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá (SP)".
A perda de Itaipu provocou um efeito de perda em cascata no Sistema Interligado Nacional (SIN), uma vez que uma série de linhas de transmissão e usinas foi desligada por segurança em razão do desbalanceamento entre a carga de energia e a geração. No total, isso gerou a retirada do sistema de 28,8 mil MW médios de energia, o que resultou no apagão em 18 Estados. Segundo o ONS, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo foram os mais afetados pelo apagão.
Documento da diretoria técnica de Itaipu sobre a operação da hidrelétrica binacional em 10 de novembro, dia do apagão, mostrou que o sistema de transmissão que escoa a energia da usina ao Brasil já tinha apresentado problemas no período da tarde, quase 10 horas antes do blecaute que atingiu 18 Estados brasileiros. Segundo o relatório, houve o desligamento automático, às 13h31min, da linha de 765 kilovolts (kV) Itaberá/Tijuco Preto 02, "supostamente causado por descarga atmosférica, sendo ligada às 13h56min após análise das proteções atuadas".
O grupo de trabalho criado pelo governo para analisar as causas do apagão está reunido na manhã desta terça-feira no Ministério de Minas e Energia. A reunião é presidida pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Participam também o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim; o diretor de engenharia da Eletrobrás, Valter Cardeal e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.
A informação sobre o problema no sistema de transmissão consta no material encaminhado na segunda-feira, 16, pela direção de Itaipu ao Ministério Público Federal (MPF) de Goiás, que abriu procedimento administrativo para apurar as causas e os responsáveis pelo apagão da semana passada.
A diretoria técnica da usina informou ao MPF-GO que, por recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o "intercâmbio Itaipu/Eletrobrás 60 Hz (hertz) foi reduzido em até 1,4 mil MW (megawatts) médios" das 13h30min às 19h15min. Essa medida foi adotada por conta do registro de descargas atmosféricas ao longo do sistema de transmissão de 765 kV. Adicionalmente, o vertedouro da hidrelétrica foi fechado às 19h30min.
Apesar das medidas operacionais preventivas, houve o desligamento de todas as linhas de transmissão que escoam a energia da usina ao Brasil e ao Paraguai às 22h13min, provocando a perda total da geração de Itaipu. Isso significou uma interrupção no envio de 11,78 mil MW médios da usina, dos quais 10,9 mil MW médios ao Brasil e 880 MW médios ao Paraguai. Às 22h25, as unidades geradoras da hidrelétrica foram restabelecidas, e o fornecimento de energia ao país vizinho começou a ser retomado às 22h29min, sendo normalizado às 22h48min.
No Brasil, o processo de restabelecimento teve início às 23h30min, com a retomada do sistema de transmissão 765 kV, com conexão entre Itaipu, Sul e Sudeste totalmente normalizado às 3h51min do dia 11 de novembro. Intercâmbio na linha com frequência de 60 Hz ocorreu às 6h.
Um dos documentos encaminhados ao Ministério Público é o Boletim Diário da Operação do dia 10 de novembro, produzido pelo ONS. Neste material, as causas do desligamento das linhas de transmissão de Furnas não haviam sido identificadas. Horas depois, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o blecaute foi provocado "por descargas atmosféricas (raios), ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá (SP)".
A perda de Itaipu provocou um efeito de perda em cascata no Sistema Interligado Nacional (SIN), uma vez que uma série de linhas de transmissão e usinas foi desligada por segurança em razão do desbalanceamento entre a carga de energia e a geração. No total, isso gerou a retirada do sistema de 28,8 mil MW médios de energia, o que resultou no apagão em 18 Estados. Segundo o ONS, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo foram os mais afetados pelo apagão.
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