Médium convocada pelo Senado adverte para a possibilidade de novo blecaute, provocado por fenômenos climáticos.
A médium Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, entidade esotérica que se diz capaz de interferir em eventos climáticos, encaminhou alerta ontem ao governo sobre o risco de novo blecaute no sistema elétrico nacional nos próximos 39 dias, provocado por fortes ventos na divisa do Paraná com São Paulo. A médium, que diz receber o espírito do cacique que dá nome à fundação, poderá depor no Senado para explicar o apagão de 10 de novembro, que deixou 18 Estados sem energia, atendendo à convocação proposta pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) e aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia.
A convocação foi feita em tom de deboche, mas levada a sério pela fundação. O senador tucano disse que só a entidade esotérica poderia explicar o apagão, já que o governo não esclarece as causas. Em entrevista por e-mail ao Estado, Adelaide Scritori disse que aceita o convite. Sobre o risco de novos apagões, disse que o governo precisa tomar medidas urgentes se quiser evitar o pior. A seguir, os principais trechos da entrevista:
P - A sra. vai mesmo ao Senado depor sobre o apagão, atendendo à solicitação do senador Arthur Virgílio?
Se for preciso e tiver o que falar, estamos à disposição. A Fundação Cacique Cobra Coral é apolítica e inerte.
P - Conversou com o senador após a notícia da convocação?
Não. Estamos fazendo contato com o senador José Sarney, que conhecemos desde que era presidente, em 1986. No governo dele começou nosso contato com o setor elétrico, por meio do ex-ministro Aureliano Chaves (Minas e Energia).
P - Qual foi a causa do apagão? Foi mesmo um raio?
40% foi meteorológico e os outros 60% referem-se a nota publicada na Isto É de 2008 (nota no dia 16 de janeiro de 2008 citava alerta da médium para o risco da "negligência do governo federal nos últimos anos").
P - O Brasil corre risco de enfrentar outros apagões? Quando?
Mandamos alerta ao governo neste fim de semana sobre risco de novo blecaute, provocado por fortes ventos na divisa do Paraná com Santa Catarina nos próximos 39 dias, se medidas urgentes não forem adotadas. Temos insistido na necessidade de conclusão de um linhão interligando o Sul ao Sudeste. Quando se tem um país com uma área continental como a nossa, sempre corre. Reservatórios estão com níveis excelentes e o fator hidráulico só irá trazer problemas a partir de 2010 ou 2011, por causa de uma grande estiagem que o Centro-Sul vai enfrentar.
P - O que o governo pode fazer para evitar riscos no setor elétrico?
Desde o racionamento de 2001, no Nordeste, quando ajudamos a elevar o nível do São Francisco para encher o reservatório de Xingó e Itaparica, houve um compromisso conosco de concluírem o linhão de Tucuruí, que interliga o Norte com o Nordeste, para troca de energia entre as duas regiões. Nos últimos anos houve vários problemas hidrológicos por lá, mas, como o linhão está pronto, não precisam depender da Fundação Cacique Cobra Coral. Agora um novo linhão precisa unir o Sul ao Sudeste, mas é um investimento de longo prazo. Estamos pedindo uma vistoria em torres de transmissão de localidades que vamos informar ao governo e solicitar averiguações in loco. Faremos uma operação para minimizar os efeitos da tempestade esperada, como já fizemos em outras operações semelhantes para o Ministério de Minas e Energia.
P - A fundação tem feito contatos com o governo? Só com o presidente do Senado, José Sarney, e autoridades do setor elétrico. Neste fim de semana encaminharemos ao Planalto mais detalhes.
O que deve dizer aos senadores ao depor no Senado? O que for perguntado e tiver nexo.
P - A fundação tem realmente o poder de interferir nas condições climáticas? O que pede em troca?
Nós só acolhemos o pedido. Quem pode responder são os governos conveniados. São eles que atestam nossa eficácia. Pergunte a Serra, Kassab, César Maia, Eduardo Paes ou à Eletrobrás, ONS, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, etc.
P - Como a fundação sobrevive?
As empresas Tunikito corretora de seguros são o braço financeiro e empresarial da fundação.
A médium Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, entidade esotérica que se diz capaz de interferir em eventos climáticos, encaminhou alerta ontem ao governo sobre o risco de novo blecaute no sistema elétrico nacional nos próximos 39 dias, provocado por fortes ventos na divisa do Paraná com São Paulo. A médium, que diz receber o espírito do cacique que dá nome à fundação, poderá depor no Senado para explicar o apagão de 10 de novembro, que deixou 18 Estados sem energia, atendendo à convocação proposta pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) e aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia.
A convocação foi feita em tom de deboche, mas levada a sério pela fundação. O senador tucano disse que só a entidade esotérica poderia explicar o apagão, já que o governo não esclarece as causas. Em entrevista por e-mail ao Estado, Adelaide Scritori disse que aceita o convite. Sobre o risco de novos apagões, disse que o governo precisa tomar medidas urgentes se quiser evitar o pior. A seguir, os principais trechos da entrevista:
P - A sra. vai mesmo ao Senado depor sobre o apagão, atendendo à solicitação do senador Arthur Virgílio?
Se for preciso e tiver o que falar, estamos à disposição. A Fundação Cacique Cobra Coral é apolítica e inerte.
P - Conversou com o senador após a notícia da convocação?
Não. Estamos fazendo contato com o senador José Sarney, que conhecemos desde que era presidente, em 1986. No governo dele começou nosso contato com o setor elétrico, por meio do ex-ministro Aureliano Chaves (Minas e Energia).
P - Qual foi a causa do apagão? Foi mesmo um raio?
40% foi meteorológico e os outros 60% referem-se a nota publicada na Isto É de 2008 (nota no dia 16 de janeiro de 2008 citava alerta da médium para o risco da "negligência do governo federal nos últimos anos").
P - O Brasil corre risco de enfrentar outros apagões? Quando?
Mandamos alerta ao governo neste fim de semana sobre risco de novo blecaute, provocado por fortes ventos na divisa do Paraná com Santa Catarina nos próximos 39 dias, se medidas urgentes não forem adotadas. Temos insistido na necessidade de conclusão de um linhão interligando o Sul ao Sudeste. Quando se tem um país com uma área continental como a nossa, sempre corre. Reservatórios estão com níveis excelentes e o fator hidráulico só irá trazer problemas a partir de 2010 ou 2011, por causa de uma grande estiagem que o Centro-Sul vai enfrentar.
P - O que o governo pode fazer para evitar riscos no setor elétrico?
Desde o racionamento de 2001, no Nordeste, quando ajudamos a elevar o nível do São Francisco para encher o reservatório de Xingó e Itaparica, houve um compromisso conosco de concluírem o linhão de Tucuruí, que interliga o Norte com o Nordeste, para troca de energia entre as duas regiões. Nos últimos anos houve vários problemas hidrológicos por lá, mas, como o linhão está pronto, não precisam depender da Fundação Cacique Cobra Coral. Agora um novo linhão precisa unir o Sul ao Sudeste, mas é um investimento de longo prazo. Estamos pedindo uma vistoria em torres de transmissão de localidades que vamos informar ao governo e solicitar averiguações in loco. Faremos uma operação para minimizar os efeitos da tempestade esperada, como já fizemos em outras operações semelhantes para o Ministério de Minas e Energia.
P - A fundação tem feito contatos com o governo? Só com o presidente do Senado, José Sarney, e autoridades do setor elétrico. Neste fim de semana encaminharemos ao Planalto mais detalhes.
O que deve dizer aos senadores ao depor no Senado? O que for perguntado e tiver nexo.
P - A fundação tem realmente o poder de interferir nas condições climáticas? O que pede em troca?
Nós só acolhemos o pedido. Quem pode responder são os governos conveniados. São eles que atestam nossa eficácia. Pergunte a Serra, Kassab, César Maia, Eduardo Paes ou à Eletrobrás, ONS, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, etc.
P - Como a fundação sobrevive?
As empresas Tunikito corretora de seguros são o braço financeiro e empresarial da fundação.
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