Mas sistema, agora, mostrou mais agilidade para restabelecer energia.
O apagão de 10/11/09 afetou um número maior de Estados do que o último grande incidente do setor, em 1999, quando dez deles ficaram mais de quatro horas sem luz. Desta vez, por conta de maior interligação entre as regiões brasileiras, a queda de linhas de transmissão que transportam energia de Itaipu afetou 18 Estados, alguns apenas parcialmente. Mas, segundo especialistas, o sistema mostrou mais agilidade para o restabelecimento da energia.
Os dois apagões tiveram início pouco depois das 22 horas. Em 1999, o governo também alegou que a interrupção foi provocada pela queda de um raio, desta vez sobre subestação de Furnas em Bauru. Naquela ocasião, o suprimento foi cortado em 22 mil megawatts (MW) médios. Agora, 28 mil MW médios caíram. O número de consumidores afetados, no entanto, foi menor agora - cerca de 40% da rede, ante 70% em 1999.
"O apagão de agora foi mais amplo porque o sistema está mais interligado. Mas mostrou que está também mais ágil para restabelecer o fornecimento", comentou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ e presidente da Eletrobrás no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva. De fato, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia começou a ser restabelecida por volta das 22h30, pela região Sul. Às 0h45, a energia começava a chegar a Rio e Espírito Santo.
O incidente desta semana chegou a Estados como Rondônia e Acre, além de regiões do Nordeste, que ficaram a salvo do blecaute de 1999. Isso porque hoje há mais linhas de transmissão ligando o Sudeste a essas regiões, resultado de investimentos na ampliação da rede brasileira nos últimos anos. Ao mesmo tempo em que permitem maior intercâmbio de energia, as novas linhas tornam Norte e Nordeste mais vulneráveis a problemas no Sul e Sudeste.
A vulnerabilidade, por sinal, é apontada por especialistas como um sinal de que as lições de apagões anteriores não foram devidamente aprendidas. Em 2002, após o apagão que novamente deixou dez Estados sem luz, as autoridades do setor elétrico anunciaram um grande programa de investimentos em sistemas de "ilhamento" da rede, que impediriam o efeito dominó observado anteontem.
SOBRA
O blecaute de 1999 é encarado como um prenúncio do racionamento de 2001, quando o País teve de economizar energia para evitar apagões. Hoje, por outro lado, o Brasil passa hoje por um momento de sobreoferta de energia, por conta das fortes chuvas que caíram durante o inverno e da queda no consumo. Segundo dados do ONS, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, principais pulmões do setor elétrico, estavam com 68,8% de sua capacidade de armazenamento na terça-feira.
O volume é 18,2 pontos porcentuais superior ao verificado em 10 de novembro de 2008, o que significa que o estoque de energia no sistema é hoje 34,8 mil megawatts médios maior do que o daquele dia. O nível dos reservatórios das usinas do Sudeste/Centro Oeste na última terça-feira era 44,1 pontos porcentuais acima do nível mínimo de segurança estabelecido para esta época do ano. Para especialistas, o cenário indica que não há riscos de suprimento pelos próximos dois anos. No início de agosto de 2001, as hidrelétricas daquelas regiões estavam com 26,7% de sua capacidade de armazenamento.
O apagão de 10/11/09 afetou um número maior de Estados do que o último grande incidente do setor, em 1999, quando dez deles ficaram mais de quatro horas sem luz. Desta vez, por conta de maior interligação entre as regiões brasileiras, a queda de linhas de transmissão que transportam energia de Itaipu afetou 18 Estados, alguns apenas parcialmente. Mas, segundo especialistas, o sistema mostrou mais agilidade para o restabelecimento da energia.
Os dois apagões tiveram início pouco depois das 22 horas. Em 1999, o governo também alegou que a interrupção foi provocada pela queda de um raio, desta vez sobre subestação de Furnas em Bauru. Naquela ocasião, o suprimento foi cortado em 22 mil megawatts (MW) médios. Agora, 28 mil MW médios caíram. O número de consumidores afetados, no entanto, foi menor agora - cerca de 40% da rede, ante 70% em 1999.
"O apagão de agora foi mais amplo porque o sistema está mais interligado. Mas mostrou que está também mais ágil para restabelecer o fornecimento", comentou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ e presidente da Eletrobrás no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva. De fato, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia começou a ser restabelecida por volta das 22h30, pela região Sul. Às 0h45, a energia começava a chegar a Rio e Espírito Santo.
O incidente desta semana chegou a Estados como Rondônia e Acre, além de regiões do Nordeste, que ficaram a salvo do blecaute de 1999. Isso porque hoje há mais linhas de transmissão ligando o Sudeste a essas regiões, resultado de investimentos na ampliação da rede brasileira nos últimos anos. Ao mesmo tempo em que permitem maior intercâmbio de energia, as novas linhas tornam Norte e Nordeste mais vulneráveis a problemas no Sul e Sudeste.
A vulnerabilidade, por sinal, é apontada por especialistas como um sinal de que as lições de apagões anteriores não foram devidamente aprendidas. Em 2002, após o apagão que novamente deixou dez Estados sem luz, as autoridades do setor elétrico anunciaram um grande programa de investimentos em sistemas de "ilhamento" da rede, que impediriam o efeito dominó observado anteontem.
SOBRA
O blecaute de 1999 é encarado como um prenúncio do racionamento de 2001, quando o País teve de economizar energia para evitar apagões. Hoje, por outro lado, o Brasil passa hoje por um momento de sobreoferta de energia, por conta das fortes chuvas que caíram durante o inverno e da queda no consumo. Segundo dados do ONS, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, principais pulmões do setor elétrico, estavam com 68,8% de sua capacidade de armazenamento na terça-feira.
O volume é 18,2 pontos porcentuais superior ao verificado em 10 de novembro de 2008, o que significa que o estoque de energia no sistema é hoje 34,8 mil megawatts médios maior do que o daquele dia. O nível dos reservatórios das usinas do Sudeste/Centro Oeste na última terça-feira era 44,1 pontos porcentuais acima do nível mínimo de segurança estabelecido para esta época do ano. Para especialistas, o cenário indica que não há riscos de suprimento pelos próximos dois anos. No início de agosto de 2001, as hidrelétricas daquelas regiões estavam com 26,7% de sua capacidade de armazenamento.
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