Os custos de produção nas novas fronteiras de cana-de-açúcar estão se confirmando menores do que nas áreas tradicionais. Com terras mais baratas, projetos de maior porte em Estados como Goiás e Mato Grosso do Sul, têm tido também ganhos de escala agrícola e industrial que impactam nos custos finais, segundo o pesquisador Carlos Eduardo Osório Xavier, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
Levantamento divulgado no início de março/2011 pela instituição, constatou que na safra 2010/11, que termina oficialmente no fim deste mês, o custo de produção de cana dos fornecedores das regiões de expansão foi de R$ 4.198,52 por hectare, 16% abaixo dos R$ 4.909,15 das áreas tradicionais, localizadas em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.
Considerando os custos dos produtos finais, a lógica se repete, diz Xavier. O custo para se produzir 1 tonelada de açúcar VHP (bruto) é de R$ 589,10 nas áreas novas de cana - nas regiões tradicionais, alcança R$ 631,87.
No caso do etanol, esse custo econômico - que remunera todos os fatores de produção e capital - foi de R$ 874,19 por m³ nas regiões de expansão, menor do que os R$ 901,83 da safra 2009/10. "A qualidade da matéria-prima foi melhor em 2010/11, por isso, os custos industriais registraram leve recuo", segundo o pesquisador. O custo de produção do etanol nas áreas tradicionais foi R$ 916,30 por m³ em 2010/11. No ciclo anterior, tinha sido de R$ 906,36. (noticiasagricolas)
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