Rossi defende política para o setor sucroalcooleiro
Ministérios da Agricultura, Fazenda e Meio Ambiente estão elaborando um estudo que será apresentado, nas próximas semanas, à presidenta Dilma Rousseff. A afirmação ocorreu durante visita à Feicana/Feibio em Araçatuba (SP)
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, informou que os ministérios da Agricultura, Fazenda e Meio Ambiente estão elaborando um quadro geral do setor sucroalcooleiro. A afirmação ocorreu durante visita à Feicana/Feibio em Araçatuba (SP), em 15/02/11. O estudo interministerial será levado, nas próximas semanas, à presidenta Dilma Rousseff para definição de uma política para o setor. “A variação muito forte dos preços do etanol gera uma dificuldade de fidelização da clientela e, ao mesmo tempo, preocupa o governo porque afeta as condições de oferta de combustível à população”, disse o ministro.
Rossi lembrou que, nas últimas décadas, o Brasil criou o maior programa de combustível renovável do mundo. O país desenvolveu o carro flex e aumentou a quantidade de etanol adicionada à gasolina (25%). Lembrou, ainda, que os investimentos no setor sucroalcooleiro foram interrompidos com a crise econômica de 2008. “Isso gerou uma grande questão para o país, que é o problema de oferta. É preciso que haja condições para a retomada de investimentos. Essa é a grande chave para enfrentarmos a questão”, comentou. O ministro afirmou que a presidenta Dilma está disposta a apoiar o setor sucroalcooleiro, mas não quer ações pontuais. “Queremos uma política mais abrangente, estruturante, por isso estamos fazendo uma discussão muito ampla com o setor”.
Código Florestal
Em relação ao Código Florestal, o ministro reiterou que o assunto deve ser decidido pelo Congresso Nacional. Rossi elogiou o texto da proposta de alteração do Código Florestal do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ele disse que eventuais ajustes serão feitos por consenso entre as diferentes áreas envolvidas. Lembrou que o debate trata de dois valores positivos: de um lado, o aumento da produção de alimentos; de outro, a preservação dos recursos naturais para as próximas gerações. “Tem que haver equilíbrio”, enfatizou.
O ministro ressaltou que a agricultura e a pecuária brasileira são importantes para a segurança alimentar do povo brasileiro e do mercado externo. “Não podemos penalizar um setor que é responsável por 27% do PIB, que movimenta em torno de 40% de todas as exportações brasileiras e gera 40% dos empregos. Qualquer pessoa que for limitar a agricultura e a pecuária brasileira está matando a galinha dos ovos de ouro. É preciso ter bom senso”, finalizou. (noticiasagricolas)
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