Como se formam as
ondas
De certa maneira, a energia das ondas
representa apenas mais uma forma de energia solar. Isso pode parecer estranho,
mas considere que as ondas começam com o vento, que surge como resultado do
aquecimento da Terra pelo Sol.
O Sol nem mesmo aquece a Terra de maneira
bem distribuída. Dependendo das formações naturais da Terra e de sua orientação
em relação ao Sol, alguns pontos se aquecem mais do que outros. À medida que
parte do ar se aquece, ele se torna menos denso e, com isso, mais leve,
flutuando naturalmente para cima. Isso deixa espaço aberto para ar mais denso e
frio, que pode correr para ocupar esse espaço. O influxo de ar nesses espaços é
a brisa refrescante que você sente em um dia de sol.
O vento também responde por essas poderosas
ondas. À medida ele corre pela superfície da água, a fricção causa ondulações.
O vento continua a fazer pressão contra essas ondulações, em um efeito bola de
neve que, por fim, cria uma grande onda. Essencialmente, essa ação é uma
transferência de energia solar do vento para as ondas.
Quando o vento
atinge a água, ondulações se formam. Com isso, ele consegue ainda mais tração e
pressiona as ondulações até que elas se tornem grandes ondas.
Alguns fatores determinam a força de uma
onda.
Velocidade do
vento
- quanto mais rápido o vento, maior a onda.
Tempo do vento - a onda cresce
se o vento a atinge por tempo mais longo.
Distância do vento - quanto mais o
vento viajar de encontro à onda (o que é conhecido como alcance), maior ela
será.
Um fato interessante é que as ondas
movimentam energia, e não água, por grandes distâncias. A água funciona como
meio pelo qual a energia cinética - ou energia do movimento - se move. A água
está se movimentando, claro, mas apenas em movimento circular. Em outras
palavras, as partículas de água se comportam como as rodas que fazem girar uma
cinta transportadora - elas giram para que a cinta se mova sobre elas, mas não
avançam no processo.
Ondas X Marés
Ainda que o vento cause as poderosas ondas
de superfície que usamos para extrair energia das ondas, é a atração
gravitacional da Lua que causa as marés (ou altas e baixas do oceano) duas
vezes por dia. A energia das marés, que é distinta da energia das ondas, também
tem potencial de exploração. Poderia atender a 3% das necessidades de energia
dos Estados Unidos e talvez ainda mais no caso do Reino Unido. "Onda de
maré" é um termo equivocado e tem a ver com distúrbios subaquáticos e não
com as marés.
Mas se já dispomos de turbinas eólicas para
recolher a energia do vento, por que usar as ondas? Ainda que elas possam
parecer um intermediário desnecessário, as ondas oferecem algumas vantagens
sobre o vento no que se refere ao recolhimento da energia utilizável. Para
começar, as ondas oceânicas oferecem alta densidade energética. Em outras
palavras, enquanto o vento pode precisar de muito espaço para conter alguma
energia, ondas recolhem grande volume de energia em espaço relativamente
pequeno.
Outra vantagem é que as ondas oceânicas são
confiáveis - é mais fácil prever de que maneira as ondas se moverão do que para
onde soprará o vento. Além disso, o vento apenas começa uma onda, mas ela pode
percorrer grande distância sozinha. Grandes ondas que viajam para longe de seu
ponto de origem são conhecidas como "vagas". Isso significa que toda
a superfície do oceano pode recolher energia e que as ondas vêm até nós sem que
precisemos trabalhar para isso, percorrendo grandes distâncias.
Agora que sabemos como as ondas ganham sua
energia, vejamos de que maneiras podemos recolhê-las. (ambiente.hsw.uol)
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