terça-feira, 24 de julho de 2012

Construções brasileiras e o selo Procel

Construções brasileiras e o selo Procel de eficiência energética
Os edifícios terão selos de eficiência como os eletrodomésticos
Construções em todo o Brasil terão sua eficiência energética analisada pelo Procel a partir de julho de 2009. A análise faz parte do Programa Nacional de Conservação e Eficiência Energética em Edificações (Procel-Edifica), que visa promover a economia e o uso racional da energia elétrica nas edificações brasileiras e, futuramente, criar um selo de eficiência, como o que já existe para eletrodomésticos.
Os edifícios comerciais, públicos e residenciais serão analisados a partir do seu sistema de iluminação, de condicionamento de ar e a envoltória (análise da cobertura, áreas de vidro, janelas, aberturas e vãos, etc.). Para cada um deles existem pré-requisitos e recomendações para alcançar as classificações que vão de "A" a "E", dependendo do nível de eficiência energética da edificação. A média ponderada das três etiquetas irá determinar a classificação final do prédio.
O primeiro prédio deverá ser certificado ainda este ano, na forma de um estudo piloto. Construtoras podem se voluntariar para participar do teste. A provisão é que em 2012 a análise passe a ser obrigatória, tornando-se uma espécie de atestado de qualidade do prédio e promovendo uma economia de energia de 30% em prédios reformados e de até 50% em edificações novas.
O objetivo do selo é estimular os construtores e incorporadores a aderirem conceitos de eficiência energética em edificações e viabilizar a implementação da Lei 10.295/01 ("Lei de Eficiência Energética"). Para os responsáveis, o Procel-Edifica deverá se tornar um forte instrumento de mudança no mercado da construção civil.
Para o engenheiro civil Fernando Westphal, gerente de eficiência energética da unidade de sustentabilidade do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), o selo agregará valor às edificações. “Ele dará oportunidade para que esses empreendimentos se diferenciem dos convencionais”, diz.
Custo benefício
Os prédios construídos segundo padrões de eficiência energética custam, em média, de 5% a 7% a mais que os tradicionais. Contudo, segundo dados do Procel/Eletrobrás, a economia gerada pode ser de até 40%, "pagando" o investimento em apenas três anos.
As edificações representam quase metade do consumo de energia do País. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, elas são responsáveis por 42% de toda a energia elétrica consumida. O setor residencial contribui com 23%, o comercial com 11% e o público com 8% desse percentual. Um dos grandes vilões, nesses dois últimos setores, é o sistema de condicionamento de ar, com 48% do consumo de energia elétrica, seguido pelo sistema de iluminação, com 24%. (ecodesenvolvimento)

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