Construções
brasileiras e o selo Procel de eficiência energética
Os edifícios terão selos de eficiência como os eletrodomésticos
Construções em
todo o Brasil terão sua eficiência energética analisada pelo Procel a partir de
julho de 2009. A análise faz parte do Programa
Nacional de Conservação e Eficiência Energética em Edificações (Procel-Edifica),
que visa promover a economia e o uso racional da energia elétrica nas
edificações brasileiras e, futuramente, criar um selo de eficiência, como o que
já existe para eletrodomésticos.
Os edifícios
comerciais, públicos e residenciais serão analisados a partir do seu sistema de
iluminação, de condicionamento de ar e a envoltória (análise da cobertura, áreas
de vidro, janelas, aberturas e vãos, etc.). Para cada um deles existem
pré-requisitos e recomendações para alcançar as classificações que vão de
"A" a "E", dependendo do nível de eficiência energética da
edificação. A média ponderada das três etiquetas irá determinar a classificação
final do prédio.
O primeiro
prédio deverá ser certificado ainda este ano, na forma de um estudo piloto.
Construtoras podem se voluntariar para participar do teste. A provisão é que em
2012 a análise passe a ser obrigatória, tornando-se uma espécie de atestado de
qualidade do prédio e promovendo uma economia de energia de 30% em prédios
reformados e de até 50% em edificações novas.
O objetivo do
selo é estimular os construtores e incorporadores a aderirem conceitos de
eficiência energética em edificações e viabilizar a implementação da Lei 10.295/01 ("Lei de Eficiência Energética"). Para
os responsáveis, o Procel-Edifica deverá se tornar um forte instrumento de
mudança no mercado da construção civil.
Para o
engenheiro civil Fernando Westphal, gerente de eficiência energética da unidade
de sustentabilidade do Centro de
Tecnologia de Edificações (CTE), o selo agregará valor às
edificações. “Ele dará oportunidade para que esses empreendimentos se
diferenciem dos convencionais”, diz.
Custo benefício
Os prédios
construídos segundo padrões de eficiência energética custam, em média, de 5% a
7% a mais que os tradicionais. Contudo, segundo dados do Procel/Eletrobrás, a
economia gerada pode ser de até 40%, "pagando" o investimento em
apenas três anos.
As edificações
representam quase metade do consumo de energia do País. Segundo informações do
Ministério de Minas e Energia, elas são responsáveis por 42% de toda a energia
elétrica consumida. O setor residencial contribui com 23%, o comercial com 11%
e o público com 8% desse percentual. Um dos grandes vilões, nesses dois últimos
setores, é o sistema de condicionamento de ar, com 48% do consumo de energia
elétrica, seguido pelo sistema de iluminação, com 24%. (ecodesenvolvimento)
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