Obstáculos à energia
das ondas
Sempre que os preços do petróleo aumentam, o
mundo anseia por energias alternativas e renováveis. Apesar dessa atitude
favorável, diversos problemas impedem que a energia das ondas atenda a essa
demanda.
Algumas estimativas dizem que a tecnologia
de energia das ondas hoje existente poderia atender a talvez 10% das
necessidades mundiais de energia. Em teoria, porém, caso a tecnologia dessa
forma de energia avance consideravelmente, no futuro ela poderia fazer muito
mais. Engenheiros estão tentando diversos métodos diferentes, mas nenhum desses
métodos oferece alta eficiência na conversão de energia, até o momento. Um dos
dilemas de projeto, no que se refere à energia das ondas, é que a frequência
das ondas é baixa demais para acionar uma turbina de maneira muito efetiva.
Ainda que o preço
do petróleo aumente, o custo da energia das ondas precisaria cair muito para
que ela possa ser largamente utilizada.
Mas também é preciso que esses aparelhos
tenham preço baixo o suficiente para que seja compensador desenvolvê-los e
utilizá-los. Caso a energia das ondas não se torne tão barata quanto os
combustíveis fósseis (ainda o preço destes aumente) ou a energia nuclear, será
difícil para ela ganhar posição competitiva na batalha da energia.
Na Europa, durante a crise de energia dos
anos 70, os proponentes da energia das ondas disputaram verbas de pesquisa com
os proponentes da energia nuclear e saíram derrotados, por isso alguns dos
programas de pesquisa sobre essa forma de energia foram abandonados. O
investimento em energia nuclear parecia mais promissor do que investir em
energia das ondas.
No entanto, até mesmo os 10% mencionados anteriormente
são um volume considerável, se levarmos em conta que apenas algumas áreas do
mundo oferecem facilidades naturais para a captura de ondas. Como precisamos de
ondas consistentes e enérgicas para acionar os WECs, as melhores zonas para
capturar energia das ondas são as que ficam entre os 30 e os 60 graus de
latitude. Nos Estados Unidos, a costa do Oregon se provou o local mais prático.
A Escócia, que recebe fortes ondas, é um dos pontos quentes para experiências e
adoção de novos métodos de captura da energia das ondas. E Portugal vem
trabalhando na vanguarda das fazendas de ondas, utilizando aparelhos Pelamis.
Ainda que ondas sejam de certa maneira mais
confiáveis que o vento, não podemos depender sempre delas, o que significa que
precisaremos de métodos eficazes de armazenagem de energia. Por outro lado,
ocasionalmente as ondas e o clima são severos demais para que os aparelhos
resistam. Assim, precisamos não só de WECs mais eficientes, mas também
torná-los incrivelmente duráveis, o que pode elevar os custos.
Mergulhe nos links da próxima página para
aprender mais sobre o oceano e a energia alternativa. (ambiente.hsw.uol)
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