domingo, 22 de julho de 2012

Como funciona a energia das ondas - 4

Obstáculos à energia das ondas
Sempre que os preços do petróleo aumentam, o mundo anseia por energias alternativas e renováveis. Apesar dessa atitude favorável, diversos problemas impedem que a energia das ondas atenda a essa demanda.
Algumas estimativas dizem que a tecnologia de energia das ondas hoje existente poderia atender a talvez 10% das necessidades mundiais de energia. Em teoria, porém, caso a tecnologia dessa forma de energia avance consideravelmente, no futuro ela poderia fazer muito mais. Engenheiros estão tentando diversos métodos diferentes, mas nenhum desses métodos oferece alta eficiência na conversão de energia, até o momento. Um dos dilemas de projeto, no que se refere à energia das ondas, é que a frequência das ondas é baixa demais para acionar uma turbina de maneira muito efetiva.
Ainda que o preço do petróleo aumente, o custo da energia das ondas precisaria cair muito para que ela possa ser largamente utilizada.
Mas também é preciso que esses aparelhos tenham preço baixo o suficiente para que seja compensador desenvolvê-los e utilizá-los. Caso a energia das ondas não se torne tão barata quanto os combustíveis fósseis (ainda o preço destes aumente) ou a energia nuclear, será difícil para ela ganhar posição competitiva na batalha da energia.
Na Europa, durante a crise de energia dos anos 70, os proponentes da energia das ondas disputaram verbas de pesquisa com os proponentes da energia nuclear e saíram derrotados, por isso alguns dos programas de pesquisa sobre essa forma de energia foram abandonados. O investimento em energia nuclear parecia mais promissor do que investir em energia das ondas.
No entanto, até mesmo os 10% mencionados anteriormente são um volume considerável, se levarmos em conta que apenas algumas áreas do mundo oferecem facilidades naturais para a captura de ondas. Como precisamos de ondas consistentes e enérgicas para acionar os WECs, as melhores zonas para capturar energia das ondas são as que ficam entre os 30 e os 60 graus de latitude. Nos Estados Unidos, a costa do Oregon se provou o local mais prático. A Escócia, que recebe fortes ondas, é um dos pontos quentes para experiências e adoção de novos métodos de captura da energia das ondas. E Portugal vem trabalhando na vanguarda das fazendas de ondas, utilizando aparelhos Pelamis.
Ainda que ondas sejam de certa maneira mais confiáveis que o vento, não podemos depender sempre delas, o que significa que precisaremos de métodos eficazes de armazenagem de energia. Por outro lado, ocasionalmente as ondas e o clima são severos demais para que os aparelhos resistam. Assim, precisamos não só de WECs mais eficientes, mas também torná-los incrivelmente duráveis, o que pode elevar os custos.
Mergulhe nos links da próxima página para aprender mais sobre o oceano e a energia alternativa. (ambiente.hsw.uol)

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