Métodos para recolher
a energia das ondas
A ideia de se aproveitar a energia das ondas
oceânicas já vem sendo debatida há cerca de 200 anos. Mas foi apenas com a
crise do petróleo nos anos 70 que ela conquistou atenção mais significativa. O
conceito ressurge sempre que os preços do petróleo aumentam.
Até agora, os engenheiros desenvolveram e
implementaram diversos métodos para recolher a energia das ondas. Veja a seguir
uma lista dos principais tipos de conversores
da energia das ondas (WECs),
ou aparelhos que convertem a energia das ondas em eletricidade.
Terminadores - aparelhos que
capturam a energia das ondas em posição perpendicular ao seu movimento são
conhecidos como terminadores.
Eles incluem um componente estacionário e um componente que se move em resposta
à onda. A parte "estacionária" pode estar fixa em terra ou no piso do
mar. Precisa se manter imóvel, em contraste com a porção móvel. Funciona quase
como o pistão nos carros - move-se para cima e para baixo, e esse movimento
pressuriza ar ou óleo que acionam uma turbina.
Neste diagrama de
uma COA, perceba que as únicas saídas ficam no fundo, por onde entram as ondas,
e no topo, onde uma passagem estreita conectada à turbina permite a passagem do
ar para dentro ou para fora. Quando as ondas forçam o ar, ele percorre a
passagem da turbina.
A Coluna
Oscilatória de Água (COA),
exibida na imagem acima, é um terminador. As COAs têm duas aberturas - uma no
fundo, que permite que a água entre na coluna, e uma estreita, no topo, que
permite que o ar entre e saia. Quando as ondas enchem a coluna de água, isso
pressuriza o ar no interior e o força a passar pela abertura superior. O ar
encontra a turbina e a movimenta. Depois, quando as ondas recuam, a água corre
para fora, e isso suga o ar de volta pelo topo, acionando a turbina de novo.
Outro terminador, um dispositivo de alagamento, inclui uma parede que recolhe a água
das ondas em um reservatório. A água pode escapar por uma abertura, mas, ao
passar, aciona uma turbina. O tipo mais famoso de terminador é conhecido como Salter's Duck e inclui uma cabeça
flutuante, em formato de lágrima, que aciona a turbina. Ainda que não tenha
sido construído na prática, esse aparelho seria teoricamente o WEC mais
eficiente.
Neste diagrama,
você vê como funciona um dispositivo que opera por alagamento. Depois que a
onda passa sobre a muralha e enche o reservatório, a água se esgota por uma
saída na qual aciona uma turbina.
Atenuador - esses aparelhos
têm orientação paralela à do movimento da onda. Um dos mais conhecidos exemplos
é o do Pelamis, uma série de
longos aparelhos cilíndricos flutuantes conectados uns aos outros por
dobradiças e ancorados ao leito do mar. As partes cilíndricas acionam aríetes
hidráulicos nas seções conectadas, que acionam um gerador elétrico. O aparelho
envia a eletricidade ao piso do mar por um cabo e de lá ela percorre outro cabo
que a conecta à terra.
Uma concepção
artística mostra uma fazenda de aparelhos Pelamis. Como atenuadores, eles seguem
a mesma orientação das ondas.
Absorvedor pontual - esses aparelhos
não ficam posicionados de forma específica em relação ao movimento das ondas,
mas, em vez disso, podem "absorver" a energia das ondas que venham de
qualquer direção. Um desses aparelhos é o Aquabuoy, desenvolvido pela Finavera. Em um tubo vertical sob a
água, as ondas passam e aciona um pistão, um disco flutuante conectado a bombas
e mangueiras. O movimento pressuriza a água no interior do tubo e movimenta uma
turbina conectada a um gerador elétrico. Muitos Aquabuoys podem enviar
eletricidade a um ponto central. Desse ponto, a eletricidade é transmitida ao
piso do mar e de lá a terra por um cabo.
O AquaBuoy usa as
ondas para acionar um pistão em forma de disco, no interior de um tubo, para
pressuizar a água do mar. As bombas e mangueiras conectadas ao tubo levam a
água pressurizada a acionar um gerador.
Diversos WECs operando em conjunto, como
estruturas Pelamis ou Aquabuoy combinadas, formam uma fazenda de ondas.
Na próxima página, investigaremos as
dificuldades envolvidas em manter a energia das ondas à tona na economia atual.
(ambiente.hsw.uol)
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