Ao analisar a situação da energia solar hoje, o engenheiro afirma que as células fotovoltaicas são atualmente a tecnologia mais promissora e viável economicamente em curto prazo.
Apesar de o interesse
pela energia solar ter surgido ainda na década de 1970 em função da crise do
petróleo, foi somente depois da Eco-92 e do crescente debate
acerca das mudanças climáticas que a “pesquisa de energia solar voltou a ser
prioritária”, diz o pesquisador Emilio Lèbre La Rovere à
IHU On-Line. Em entrevista concedida por telefone, ele explica que “em
nível mundial, o investimento em energia solar nunca foi comparável com o que
se investiu em pesquisas para aprimorar a tecnologia dos combustíveis fósseis e
mesmo da energia nuclear”.
Embora o percentual
de energia solar na matriz energética brasileira seja “praticamente zero”, o
desafio do futuro é garantir o uso eficiente da energia. Conforme esclarece Rovere,
a proposta é “consumir menos, sem prejuízo da qualidade dos serviços, do
bem-estar, do conforto do consumidor. Ou seja, ter um consumo de energia menor
para o mesmo serviço”. Segundo ele, a ampliação das fontes energéticas
alternativas ajudará a “diminuir a necessidade de construção de novas usinas e,
obviamente, vai diminuir o impacto ambiental do sistema energético”.
Emilio Lèbre
La Rovere possui
graduação em Engenharia Elétrica de Sistemas e Industrial pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, graduação em Economia e
mestrado em Engenharia de Sistemas e Computação pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro – UFRJ e doutorado em Técnicas Econômicas, Previsão, Prospectiva
pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Atualmente é
professor do Programa de Planejamento Energético do Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pesquisa e Pós-Graduação de Engenharia – COPPE, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Laboratório
Interdisciplinar de Meio Ambiente e o Centro de Estudos Integrados sobre Meio
Ambiente e Mudanças Climáticas.
Confira a
entrevista.
IHU On-Line –
Pode nos dar um panorama de como a energia solar tem evoluído no Brasil?
Emilio Lèbre La Rovere – O
interesse pela energia solar começou com mais força depois da crise do petróleo
em 1973, 1974, quando houve uma quadruplicação do preço do petróleo, que antes
era muito baixo (cerca de 3 dólares o barril) e passou para 12. A partir daí se
iniciou um programa de pesquisa e desenvolvimento em energia solar apoiado pela
Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, que na época pertencia ao
Ministério do Planejamento, pois ainda não tinha sido criado o Ministério de
Ciência e Tecnologia. Depois da segunda crise do petróleo, no período de 1979,
1980, 1981, tivemos a confirmação de que a crise de 1973 era realmente
estrutural, mais do que conjuntural, o que faria com que o petróleo se tornasse
mesmo mais caro.
IHU On-Line –
Como a opção pela energia solar é vista pelo governo federal atualmente? Há incentivo
para ampliar esse modelo energético?
Emilio Lèbre La Rovere – Em
nível mundial, o investimento em energia solar nunca foi comparável com o que
se investiu em pesquisas para aprimorar a tecnologia dos combustíveis fósseis e
mesmo da energia nuclear, que era vista, depois da segunda guerra mundial, como
a grande promessa de energia abundante e barata, mas que depois não se
concretizou devido aos riscos de acidentes radiativos. Mesmo assim, até há
poucos anos se gastava muito mais dinheiro em pesquisa em energia nuclear e
combustíveis fósseis do que nas energias renováveis, como solar e eólica.
No Brasil, tivemos um
período inicial de constituição de grupos de pesquisa em universidades, como a
Unicamp, a Universidade Federal da Paraíba, a PUC-Rio, que foram pioneiras
nessa área. Depois, em meados da década de 1980, com a queda do preço do barril
do petróleo, houve certo desestímulo ao incentivo nessa área de energias
renováveis. Só mais recentemente, com as quedas de custos observadas nas
pesquisas com células fotovoltaicas, é que houve um interesse maior novamente.
Entre esses dois períodos, houve uma penetração ainda tímida, mas já chegou ao
mercado – com uma tecnologia viável – o
aquecimento de água por coletores solares planos. Em alguns países isso se deu
mais fortemente, como a Grécia e a Espanha. O Brasil já teria condição de
ocupar um nicho de mercado bem mais significativo nessa área. Mais
recentemente, em função das preocupações ambientais, que na década de 1990
foram crescendo, depois da Rio-92 e da assinatura da Convenção do Clima, e
também à medida que a questão das mudanças climáticas emerge como de grande
importância e o risco dessas mudanças se agrava, a ênfase na pesquisa de
energia solar voltou a ser prioritária.
IHU On-Line –
Qual o potencial e a eficiência energética da energia solar num país como o
Brasil? A proposta para a ampliação da energia solar consiste em investir em um
modelo de energia descentralizado ou num modelo centralizado?
Emilio Lèbre La Rovere –
Existem vários nichos de mercado para a energia solar. O principal é justamente
o aquecimento solar de água nas residências, hotéis, etc. Mas existe também uma
série de outros nichos de mercado para geração de energia elétrica. Por
exemplo, as células fotovoltaicas são agora a tecnologia mais promissora e
viável economicamente em curto prazo. Fizemos um estudo recente, um relatório
técnico, para preparação da Carta do Sol, que foi um manifesto político,
lançado no final do ano passado no estado do Rio de Janeiro, e depois encampado
pelo Fórum dos secretários de energia de todos os estados do Brasil. A exemplo
do que tinha sido feito na Carta dos Ventos, esse relatório justificou por que
essa energia é importante para o país, quais as barreiras para sua penetração
e, diante dos benefícios, colocou uma série de propostas para viabilizar a
energia solar no Brasil, em particular a energia solar fotovoltaica, que é a
mais viável em curto prazo.
Fizemos nesse
relatório uma avaliação preliminar de qual seria o potencial nos diversos
nichos de mercado. E chegamos a números que são indicativos e dão uma ideia de
ordem de grandeza que temos, por exemplo, com expansão, pensando num horizonte
até 2020, chegando a algo de potência instalada no Brasil da ordem de 2400 megawatts.
E dentre os mercados que temos, o mais importante seria algo como o que
chamamos de coletivo conectado, ligado à rede elétrica. Nessa característica,
teríamos tetos, fachadas, áreas de aeroportos. Então, serviria para a
autoprodução e geração de energia elétrica para abastecer aeroportos, por
exemplo, mas ligados à rede, injetando energia elétrica a essa rede no período
em que não estivesse sendo consumida a energia, de forma que ela estaria
disponível. Por exemplo, num estádio de futebol se usa a energia geralmente em
partidas noturnas, daí não tem geração solar e para não ter que ter muita
bateria para estocar energia solar, se usa a energia da rede. Nos dias da
semana, quando não tem jogo, durante o dia, vai gerando energia e injetando-a
na rede. Isso é o segmento de mercado coletivo e conectado à rede, e que tem o
potencial maior.
IHU On-Line –
Isso já existe, na prática?
Emilio Lèbre La Rovere –
Sim e podemos citar o exemplo do estádio de futebol de Pituaçu [1], na cidade
de Salvador. Porém, no Brasil, nossa rede de energia é radial, não tem muita
redundância, é uma rede em uma área aberta. Temos muitas pontas de linha em
Minas Gerais, na Bahia, no Espírito Santo, áreas que são abastecidas por uma
linha de transmissão que chega até lá. Em termos de sistemas elétricos,
significa uma maior dificuldade de ter, primeiramente, um suprimento com
garantias, porque qualquer problema na linha dá-se o corte da energia na ponta;
e, em segundo lugar, em relação à qualidade, que não é muito boa, porque há
muita flutuação de tensão. E esse é um nicho muito importante que pode ser
aproveitado pela energia fotovoltaica no Brasil. Por exemplo, no caso do
estádio de Pituaçu, a Companhia Elétrica do Estado da Bahia – Coelba,
que é a empresa de distribuição de energia elétrica da Bahia, constatou que,
caso não fosse feita essa usina solar nesse ponto, teria que ser reforçada a
rede de subtransmissão e de distribuição para poder fornecer uma potência
relativamente elevada naquela ponta de linha. O que geraria uma despesa grande
para o reforço da rede.
Colocando a usina na
ponta, evita-se esse problema. Isso somado ao fato de que as tarifas de energia
elétrica no nível do consumidor final no Brasil são muito elevadas. O custo de
geração de energia elétrica é baixo no Brasil comparado aos outros países, mas
existem os custos de transmissão e distribuição, além de uma série de impostos
e encargos colocados sobre o preço final da energia elétrica, como, por
exemplo, o Programa Luz para Todos, com a expansão da rede para aqueles
domicílios que ainda não estão conectados a ela. E isso acaba encarecendo muito
o preço para o consumidor final. Então, em estados como Minas Gerais, Bahia e
Espírito Santo temos preços muito elevados, da ordem de mais de 500 reais por
megawatt/hora de energia elétrica consumida nas residências desses estados. No
futuro, pensamos que, a partir da constituição desse mercado inicial de
instalações coletivas, possa-se chegar ao ponto em que os consumidores
residenciais e os condomínios também tenham coletores solares, gerando energia
elétrica e injetando-a na rede quando não estão precisando dela. Isso abateria
a conta final da energia que a concessionária oferece a eles.
IHU On-Line –
A partir dessa lógica de armazenar energia solar, poderíamos não depender mais
da energia elétrica como reserva, para um dia que não faz sol, por exemplo?
Emilio Lèbre La Rovere – O
problema é que a bateria, que seria o elemento de estoque, é muito cara e tem
que ser jogada fora depois de um tempo. E ela tem impactos ambientais, além de
ser uma energia muito cara. Não passando pela bateria, só o custo dos painéis,
onde estão montadas as células fotovoltaicas do sistema hoje, estão custando
algo em torno de R$ 400,00 por megawatt/hora, que é muito maior do que o custo
de uma hidrelétrica, de uma central eólica ou do gás natural que custa algo em
torno de R$ 100,00 por megawatt/hora. Por outro lado, temos um custo menor do
preço final para o consumidor, que é da ordem de R$ 500,00 megawatt/hora. A
energia solar fotovoltaica não teria condições de competir com a eólica e de
hidrelétricas para a geração de energia elétrica.
Porém, do ponto de
vista do consumo, isso seria viável, desde que tivéssemos também a chamada
“rede inteligente”, com medidores de energia elétrica como os que estão
começando a ser instalados, que podem medir nos dois sentidos o fornecimento de
energia. Aqueles “relógios de luz” das nossas casas normalmente eram para a
concessionária ver quanto que aquela residência consumia. Basicamente, o que
temos agora é um medidor bidirecional que permitiria que se contabilizasse não
apenas o que a concessionária está mandando de energia para o consumidor, mas
também o que o consumidor poderia injetar na rede do seu sistema solar. Isso já
está acontecendo na Europa, em países como Espanha, Itália, Alemanha, países
que têm incentivado os consumidores a instalarem as telas fotovoltaicas. Na
Alemanha, eles estão incorporando no próprio desenho arquitetônico dos prédios,
nas fachadas, sendo as telas solares um elemento constitutivo. E com isso se
gera uma energia local já no ponto de consumo, mais viável economicamente.
IHU On-Line –
Que percentual da matriz energética brasileira é composta por energia solar?
Emilio Lèbre La Rovere – Hoje é praticamente zero. Nem aparece na estatística. Então, esses 3
mil megawatts que mencionei, que seriam entre 2 e 3 mil em 2020, seria algo
como 2 a 3% da potência instalada do sistema elétrico nacional, que está
chegando em 100 mil megawatts em breve. Então, temos ainda um percentual muito
pequeno. Ainda vai demorar para haver uma penetração dessa fonte, o que é
característico do setor elétrico, marcado por uma inércia muito grande. As
fontes começam a penetrar muito devagar, mas, na medida em que conseguem, vai
aumentando a escala de fabricação, o que ajuda a reduzir custos. Os fabricantes
já consideram que há uma projeção, nesse horizonte até 2020, de que o custo
possa baixar, por exemplo, de R$ 400,00 para R$ 300,00 o megawatt/hora. Aí já
começa a melhorar a economicidade e a velocidade de penetração no mercado.
IHU On-Line –
Muitos especialistas argumentam que as energias alternativas não são
suficientes para gerar a energia necessária. É possível investir em uma matriz
energética alternativa, composta de energia solar, eólica, biomassa e ainda
assim garantir a eficiência energética? Em que consiste o uso eficiente da
energia?
Emilio Lèbre La Rovere – Na verdade são duas óticas complementares. Na ótica da oferta, faz todo
sentido diversificar de forma a ter uma maior segurança de fornecimento.
Principalmente, faz sentido diversificar até para fontes mais caras, que
normalmente é a crítica maior que se faz à solar (que é muito cara), para que
ela possa, através dos incentivos iniciais ganhar escala, reduzir seu custo e
se tornar competitiva. Isso é aconselhado para fontes renováveis que têm
impactos ambientais muito menos importantes do que todas as fontes que usam
combustíveis fósseis, as quais, ao queimar, produzem gases poluentes locais,
regionais, aumento do efeito estufa e mudanças climáticas.
É nesse contexto que
faz sentido incentivar a energia solar, que é uma fonte que tem esse benefício
ambiental e também social. A geração de empregos direto na energia solar é
muito maior do que, por exemplo, nas energias como gás natural, carvão mineral
e petróleo. São cerca de cem vezes mais empregos pela mesma quantidade de
energia. Ela demanda uma mão de obra qualificada, que paga um salário razoável
para técnicos que vão fazer instalações e manutenção. Então gera muito mais
emprego por unidade de energia e isso até é um dos gargalos do desenvolvimento:
formar uma mão de obra capaz de fazer as instalações de boa qualidade e
duráveis. Isso porque, se quebrar o coletor solar ou a célula, aí obviamente
esse investimento inicial que se faz mais elevado não será recuperado.
Os benefícios sociais
e ambientais justificam a concessão de um incentivo, por exemplo, um subsídio
ou incentivo fiscal, ou seja, uma incidência menor de impostos estaduais,
federais, como foi feito para a energia eólica, em que se reduziu imposto de
importações para componentes a fim de poder justamente baratear a energia
eólica e, com isso, também conseguir chegar hoje num patamar que a energia
eólica é competitiva até com a geração convencional, a gás natural.
A energia eólica
estava nessa mesma situação da energia solar voltaica há 10 anos. Havia só um
fabricante no Brasil e havia um custo muito maior de fabricação. Hoje, depois
desses incentivos serem concedidos, nós temos 11 fabricantes de componentes de
turbinas, pás, centrais eólicas do Brasil cadastradas no FINAME,
que é o programa de financiamento do BNDES à empresa nacional de máquinas e
equipamentos feitos no Brasil, para verticalizar a cadeia produtiva. Hoje a
energia eólica é plenamente competitiva. O que se quis com a Carta do
Sol foi seguir o exemplo que tinha sido proposto na Carta dos
Ventos, para que a energia solar fotovoltaica trilhe esse caminho que
a energia eólica fez com sucesso. Então, um benefício dessa ordem é um
incentivo justificado. Isso é do lado da oferta.
Do lado da demanda, o
uso mais eficiente também é muito importante. Não é necessário se ter
eletrodomésticos que puxem da tomada uma quantidade de energia muito alta para
gerar o serviço que eles fornecem. Então, existem geladeiras mais eficientes do
que outras, eletrodomésticos mais eficientes. Isso que é o uso eficiente da
energia: consumir menos, sem prejuízo da qualidade dos serviços, do bem-estar,
do conforto do consumidor. Ou seja, ter um consumo de energia menor para o
mesmo serviço. Isso vai diminuir a necessidade de construção de novas usinas e,
obviamente, vai diminuir o impacto ambiental do sistema energético, porque,
para a mesma qualidade de vida, industrial e de transporte, se usará menos
energia. Esse uso mais eficiente da energia vai complementar uma geração mais
renovável de energia no sentido de ter um sistema energético de desenvolvimento
com menor impacto ambiental.
IHU On-Line –
Como vê o investimento em energia hidrelétrica atualmente? O Brasil acerta em
investir neste modelo ou deveria intensificar o investimento nas fontes
alternativas?
Emilio Lèbre La Rovere – Tudo é uma questão de prazo, de tempo. A tendência em longo prazo vai
ser essa, de passar para fontes como a eólica, a solar, a biomassa, por
exemplo. Vamos viver uma transição nesse sentido. Mas como no caso da energia
solar, isso vai levar bastante tempo, não vai ser para amanhã. Nos próximos 10
anos, como eu disse, a penetração razoável projetada da energia solar na matriz
ainda é pequena. Então, não podemos, de uma hora para a outra, interromper a
construção de hidrelétricas. Creio que já está havendo uma evolução no próprio
desenho das hidrelétricas, que estão sendo feitas de uma forma menos
impactantes para o meio ambiente e para as populações locais do que era feito
no passado.
A construção de
hidrelétricas remanescentes no Brasil, principalmente na Amazônia, que é um
ecossistema frágil, tem o problema de, na tecnologia convencional, necessitar
inundar grandes áreas, grandes reservatórios para armazenar a água e, portanto,
ter um elemento de estoque de energia no sistema. Esse modelo, que deu origem a
usinas como Balbina, Tucuruí, São Manuel, que foram muito impactantes sobre o
meio ambiente, só puderam ser construídas porque o Brasil vivia em um momento
autoritário.
Hoje em dia, a gente
já tem uma segunda geração de projetos. A usina de Belo Monte, as do Madeira,
Santo Antônio e Jirau já têm reservatórios muito menores em relação à
quantidade de energia elétrica que elas proporcionam. Elas são impactantes?
Sim, continuam sendo impactante, mas em uma escala muito menor do que Balbina,
Tucuruí e São Manuel foram. Agora há também a perspectiva de viabilizar o
procedimento com hidrelétricas de grande porte a das usinas plataforma, que,
particularmente pensando na Amazônia, seriam usinas que não abririam estradas
para a condução de uma obra, o que traz, com as estradas, o acesso de um fluxo
migratório para a região, o aumento da população, de uma série de impactos
sociais negativos e também ameaça de aumento de desmatamento.
Então a ideia da usina
plataforma seria um canteiro isolado no meio da floresta, em que você levaria o
material para lá de helicóptero e faria uma construção sem abrir vias de
acesso, apenas com os trabalhadores necessários durante o período da obra e que
depois, na verdade, não daria margem a criação de uma nova cidade. Depois seria
desativado esse canteiro, se regeneraria a floresta e, com isso, ficaria só o
pessoal necessário para a operação da usina. Com isso, você viabilizaria a
construção de hidrelétricas com um impacto ainda menor do que hoje. É claro que
o setor elétrico está pagando um preço por isso já em Belo Monte e nas usinas
do Madeira. Têm reservatórios que não conseguem armazenar a quantidade de
energia elétrica que o setor elétrico desejaria. Em outras palavras, na época
de cheia, tem que se jogar muita água fora, muita água vai pelo vertedouro, sem
ser turbinada e gerar energia elétrica. Mas me parece que esse é um compromisso
aceitável. Ainda assim, o custo da construção dessas hidrelétricas é
competitivo com as outras formas de energia disponíveis em curto prazo e, por
isso, se justifica a sua construção.
Nota
O Estádio Governador
Roberto Santos, ou Estádio Roberto Santos, é um estádio de futebol localizado
no bairro de Pituaçu, em Salvador, de propriedade do estado da Bahia. Possui
uma capacidade para 31.677 espectadores e já foi palco de grandes jogos. É mais
conhecido como Estádio Metropolitano de Pituaçu, ou simplesmente Estádio de
Pituaçu. O estádio ganhou o prêmio de melhor gramado da Série B de 2010 concedido
pela Confederação Brasileira de Futebol. É um dos estádios baianos candidatos a
centro oficial de treinamento durante a Copa do Mundo FIFA de 2014, uma vez que
a Arena Fonte Nova receberá os jogos. (EcoDebate)
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