O Centro Tecnológico do Ambiente Construído (CETAC), do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), iniciou em 2001 uma avaliação de
conformidades para sistemas de energia solar e hoje se tornou um centro de
referência no setor. Além de projetos de aquecimento de água por meio de
energia solar, o laboratório trabalha há anos no mercado de instalação de
sistemas elétricos, hidráulicos, a gás combustível, contribuindo na capacitação
técnica dos pesquisadores, que por meio de estudos fornecem parâmetros nesse ramo
para construtoras.
Sistema de aquecimento solar de água é colocado no telhado
para fazer a captação da radiação solar.
Um sistema básico de aquecimento solar de água é composto
por um reservatório térmico, onde é feita a reserva da água quente, também chamado
de boiler, e por coletores, que são as placas colocadas nos telhados para fazer
a captação da radiação solar (calor e luz). Também faz parte do projeto do
Instituto o sistema acoplado, composto por coletor e o reservatório de água.
Com trabalhos realizados desde 2007 em conjuntos
habitacionais populares, o sistema de aquecimento de água solar ligado com o
chuveiro elétrico foi desenvolvido dentro do IPT para atender as necessidades
da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo
(CDHU) e posteriormente ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida, do
governo federal em parceria com a Caixa Econômica. Este projeto incentiva
pesquisas em questão de eficiência do equipamento utilizado pelo usuário,
avaliando o perfil de consumo de energia e de água.
Essa tecnologia além de aplicada em conjuntos habitacionais,
também vem sendo utilizada cada vez mais em residências, hospitais, hotéis, em
aquecimento de piscinas e qualquer processo que venha a utilizar água quente.
Credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial (Inmetro), o IPT faz ensaios de desempenho, eficiência energética e
de segurança elétrica em aquecedores de água. Os resultados acabam gerando
projetos de adequações das edificações, que aproveitam a radiação solar com o
auxilio de técnicas mais sofisticadas de construção.
O estudo técnico e científico do Instituto tem apoio
financeiro de órgãos públicos e de fomento – Eletrobrás, Governo do Estado,
entre outros – que acreditam nas vantagens socioeconômicas e ambientais deste
setor. Entre as instituições participantes, os investimentos somam cerca de 3,5
milhões, empregados em aquisições de instrumentos para ensaios e infraestrutura
do laboratório de testes.
Segundo o pesquisador Douglas Messina, do Laboratório de
Instalações Prediais e Saneamento, o Brasil tem muito a ser desenvolvido e a
indústria brasileira deve melhorar em termos de qualidade. Messina acredita que
os construtores brasileiros ainda não estão totalmente preparados e
familiarizados para esse tipo de instalação. “Tem uma série de requisitos que
devem ser estudados, por isso estamos trabalhando nesta área e temos muito a
contribuir” disse. (ambienteenergia)
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