Empresas já oferecem energia eólica e solar no país, mas cliente tem de pagar mais.
Os panfletos de propaganda estão inundando as caixas de correio dos americanos nos últimos tempos: pague um pouco mais em sua conta de eletricidade e receba 100% de energia do vento, limpa e renovável. Ou então, compre "certificados de energia verde" para compensar suas emissões de gases do efeito estufa.
Perto de um milhão de consumidores de energia já aderiram a essas propostas voluntariamente, e o total de eletricidade vendida desta forma quase triplicou desde 2005, face à preocupação crescente com as mudanças climáticas e com a segurança energética.
Mas esses clientes fazem parte de uma seleta minoria, que responde por 2% dos programas das empresas de energia.
Cerca de um quarto das empresas de serviços públicos dos Estados Unidos oferecem programas "verdes", e o modo como eles são estruturados varia. Na prática, nenhuma empresa de energia entrega 100% de energia limpa para o consumidor, porque a eletricidade vem de fontes variadas: usinas de carvão, parques eólicos, painéis solares - e se mistura na mesma fiação.
As empresas de energia basicamente estão coletando dinheiro extra que eles prometem usar para apoiar o desenvolvimento de energias renováveis, um apelo que alguns consumidores consideram persuasivo. "É bom para o planeta", diz Mark Renfrow, proprietário de uma residência em Dallas que começou a pagar uma taxa extra de US$ 26 ao mês para sua companhia de energia, Direct Energy, por "100% de energia eólica".
No geral, os pagamentos extras efetuados pelos consumidores chegam às empresas que operam parques eólicos e de energia solar, por meio da compra de certificados de compra e venda de energia renovável. Muitas dessas empresas vendem esses certificados, que servem para cobrir os custos e gerar um valor para os benefícios ambientais associados à energia de fontes renováveis.
BAIXA ADESÃO
A baixa adesão dos consumidores levanta uma questão: se a maioria dos americanos aumentou o apoio ao governo por energia limpa, como sugerem as pesquisas, por que tantas pessoas se recusam a aderir à compra de energia limpa? A razão é que os consumidores pensam que a despesa fica alta demais. A energia eólica e solar, via de regra, custa mais caro do que aquela gerada por fontes fósseis. Muitas pessoas apoiam energias alternativas por princípio, mas não querem pagar mais pela conta de energia.
Mas há outra questão. Esses programas realmente levam à construção de mais projetos de energia limpa? Nem o governo tem uma conclusão a respeito. Alguns especialistas dizem que alguns projetos funcionam melhor que outros. "É uma questão traiçoeira", diz Lori Bird, analista sênior do Laboratório de Energias Renováveis do Colorado e autora de um estudo sobre o mercado de energia limpa.
MARKETING
Pelo menos um dos programas está na mira dos órgãos reguladores. Em 2008, o programa de energia limpa da Florida Power and Light foi alvo de uma auditoria, que mostrou que as prometidas instalações de energia solar estavam muito aquém do planejamento. O programa tinha mais de 38 mil clientes e era um dos seis maiores dos EUA. A auditoria também descobriu que a vasta maioria dos pagamentos feitos pelos proprietários de casas cobria despesas de marketing da empresa.
“Nenhuma pessoa que tenha contribuído para o programa Sunshine Energy soube que em torno de 76,4% das contribuições foram gastas em marketing, em vez de em energia renovável”, escreveu Nathan Skop, membro da comissão que conduziu a auditoria. A empresa negou as acusações. Mas o fato é que, em média, 19% dos recursos que as empresas de serviços públicos levantam nesses programas de adesão voluntária vai para marketing e promoção.
Os panfletos de propaganda estão inundando as caixas de correio dos americanos nos últimos tempos: pague um pouco mais em sua conta de eletricidade e receba 100% de energia do vento, limpa e renovável. Ou então, compre "certificados de energia verde" para compensar suas emissões de gases do efeito estufa.
Perto de um milhão de consumidores de energia já aderiram a essas propostas voluntariamente, e o total de eletricidade vendida desta forma quase triplicou desde 2005, face à preocupação crescente com as mudanças climáticas e com a segurança energética.
Mas esses clientes fazem parte de uma seleta minoria, que responde por 2% dos programas das empresas de energia.
Cerca de um quarto das empresas de serviços públicos dos Estados Unidos oferecem programas "verdes", e o modo como eles são estruturados varia. Na prática, nenhuma empresa de energia entrega 100% de energia limpa para o consumidor, porque a eletricidade vem de fontes variadas: usinas de carvão, parques eólicos, painéis solares - e se mistura na mesma fiação.
As empresas de energia basicamente estão coletando dinheiro extra que eles prometem usar para apoiar o desenvolvimento de energias renováveis, um apelo que alguns consumidores consideram persuasivo. "É bom para o planeta", diz Mark Renfrow, proprietário de uma residência em Dallas que começou a pagar uma taxa extra de US$ 26 ao mês para sua companhia de energia, Direct Energy, por "100% de energia eólica".
No geral, os pagamentos extras efetuados pelos consumidores chegam às empresas que operam parques eólicos e de energia solar, por meio da compra de certificados de compra e venda de energia renovável. Muitas dessas empresas vendem esses certificados, que servem para cobrir os custos e gerar um valor para os benefícios ambientais associados à energia de fontes renováveis.
BAIXA ADESÃO
A baixa adesão dos consumidores levanta uma questão: se a maioria dos americanos aumentou o apoio ao governo por energia limpa, como sugerem as pesquisas, por que tantas pessoas se recusam a aderir à compra de energia limpa? A razão é que os consumidores pensam que a despesa fica alta demais. A energia eólica e solar, via de regra, custa mais caro do que aquela gerada por fontes fósseis. Muitas pessoas apoiam energias alternativas por princípio, mas não querem pagar mais pela conta de energia.
Mas há outra questão. Esses programas realmente levam à construção de mais projetos de energia limpa? Nem o governo tem uma conclusão a respeito. Alguns especialistas dizem que alguns projetos funcionam melhor que outros. "É uma questão traiçoeira", diz Lori Bird, analista sênior do Laboratório de Energias Renováveis do Colorado e autora de um estudo sobre o mercado de energia limpa.
MARKETING
Pelo menos um dos programas está na mira dos órgãos reguladores. Em 2008, o programa de energia limpa da Florida Power and Light foi alvo de uma auditoria, que mostrou que as prometidas instalações de energia solar estavam muito aquém do planejamento. O programa tinha mais de 38 mil clientes e era um dos seis maiores dos EUA. A auditoria também descobriu que a vasta maioria dos pagamentos feitos pelos proprietários de casas cobria despesas de marketing da empresa.
“Nenhuma pessoa que tenha contribuído para o programa Sunshine Energy soube que em torno de 76,4% das contribuições foram gastas em marketing, em vez de em energia renovável”, escreveu Nathan Skop, membro da comissão que conduziu a auditoria. A empresa negou as acusações. Mas o fato é que, em média, 19% dos recursos que as empresas de serviços públicos levantam nesses programas de adesão voluntária vai para marketing e promoção.
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