Estatal mapeia potencial de geração de 24 mil MW em Minas e busca sócios para desenvolver projetos
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que vem colocando em prática um agressivo plano de expansão dos negócios, pretende agora aumentar sua aposta na energia dos ventos. A empresa, que já comprou este ano participação em três parques de geração eólica no Ceará, acaba de concluir um levantamento do potencial para geração desse tipo de energia em Minas Gerais, com resultados surpreendentes.
O potencial total de geração seria de 24 mil megawatts (MW), o que corresponde a uma capacidade 70% maior que a da hidrelétrica de Itaipu. Segundo fontes próximas à Cemig, a companhia já começou a negociar a compra de terrenos nos pontos onde há maior potencial de geração. A companhia não pretende, obviamente, investir sozinha em todo o Estado. O plano é atrair sócios investidores, a exemplo do que fez quando anunciou seu plano de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
"Nosso interesse em investir em energia eólica é real, queremos ter presença estratégica nesse setor", disse recentemente o diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, ao comentar os resultados do terceiro trimestre. O levantamento do potencial eólico mineiro, porém, ainda é mantido sob sigilo. A estatal ainda não decidiu como vai divulgar o plano. É possível que o anúncio seja feito pelo próprio governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a exemplo do que tem ocorrido sempre que a Cemig tem notícias positivas para dar ao mercado.
O estudo encomendado pela companhia considera parques com aerogeradores de 75 metros de altura. A empresa ainda não definiu quanto está disposta a investir no projeto. Para adquirir 49% de participação nas plantas eólicas do Ceará, a Cemig pagou R$ 213 milhões.
A companhia também não descarta a possibilidade de fazer novos investimentos em geração eólica fora de Minas, e poderá até entrar na disputa por projetos habilitados para o Leilão de Energia de Reserva, que será realizado no próximo dia 14. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 339 projetos de geração eólica em oito Estados (Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Somados, os projetos equivalem a uma geração de 10 mil MW. Será o primeiro leilão exclusivamente de energia eólica.
O governo federal tem pretensões de ampliar os investimentos na energia gerada pelos ventos. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o Brasil quer promover a manutenção do perfil renovável da matriz energética nacional. "A contratação de energia eólica neste momento reforça a posição que o Brasil levará para a Conferência do Clima, em Copenhague", afirmou Tolmasquim.
Especialistas divergem muito sobre o potencial de geração eólica no Brasil, que só instalou seu primeiro parque na década de 90, em Fernando de Noronha. Os estudos mais recentes falam de algo em torno de 140 gigawatts.
Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, os investimentos em geração eólica crescem à medida em que os avanços tecnológicos reduzem os custos das turbinas, os aerogeradores, e aumentam a confiabilidade dos sistemas. Em alguns países, a energia eólica já é mais barata do que o gás natural. A China, que anunciou em junho seu plano para virar uma potência em energia limpa, pretende conseguir gerar, até 2020, 100 gigawatts a partir dos ventos - volume suficiente para abastecer todo o Brasil. A previsão dos especialistas é de que, até 2020, a geração de energia eólica corresponda a 12% da geração mundial. Inesgotável, a energia eólica tem como principais vantagens a não emissão de gases poluentes ou resíduos e o fato de que os parques eólicos são compatíveis com outros usos dos terrenos. O desafio, porém, é a integração aos sistemas de geração, por causa da intermitência - nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária.
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que vem colocando em prática um agressivo plano de expansão dos negócios, pretende agora aumentar sua aposta na energia dos ventos. A empresa, que já comprou este ano participação em três parques de geração eólica no Ceará, acaba de concluir um levantamento do potencial para geração desse tipo de energia em Minas Gerais, com resultados surpreendentes.
O potencial total de geração seria de 24 mil megawatts (MW), o que corresponde a uma capacidade 70% maior que a da hidrelétrica de Itaipu. Segundo fontes próximas à Cemig, a companhia já começou a negociar a compra de terrenos nos pontos onde há maior potencial de geração. A companhia não pretende, obviamente, investir sozinha em todo o Estado. O plano é atrair sócios investidores, a exemplo do que fez quando anunciou seu plano de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
"Nosso interesse em investir em energia eólica é real, queremos ter presença estratégica nesse setor", disse recentemente o diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, ao comentar os resultados do terceiro trimestre. O levantamento do potencial eólico mineiro, porém, ainda é mantido sob sigilo. A estatal ainda não decidiu como vai divulgar o plano. É possível que o anúncio seja feito pelo próprio governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a exemplo do que tem ocorrido sempre que a Cemig tem notícias positivas para dar ao mercado.
O estudo encomendado pela companhia considera parques com aerogeradores de 75 metros de altura. A empresa ainda não definiu quanto está disposta a investir no projeto. Para adquirir 49% de participação nas plantas eólicas do Ceará, a Cemig pagou R$ 213 milhões.
A companhia também não descarta a possibilidade de fazer novos investimentos em geração eólica fora de Minas, e poderá até entrar na disputa por projetos habilitados para o Leilão de Energia de Reserva, que será realizado no próximo dia 14. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 339 projetos de geração eólica em oito Estados (Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Somados, os projetos equivalem a uma geração de 10 mil MW. Será o primeiro leilão exclusivamente de energia eólica.
O governo federal tem pretensões de ampliar os investimentos na energia gerada pelos ventos. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o Brasil quer promover a manutenção do perfil renovável da matriz energética nacional. "A contratação de energia eólica neste momento reforça a posição que o Brasil levará para a Conferência do Clima, em Copenhague", afirmou Tolmasquim.
Especialistas divergem muito sobre o potencial de geração eólica no Brasil, que só instalou seu primeiro parque na década de 90, em Fernando de Noronha. Os estudos mais recentes falam de algo em torno de 140 gigawatts.
Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, os investimentos em geração eólica crescem à medida em que os avanços tecnológicos reduzem os custos das turbinas, os aerogeradores, e aumentam a confiabilidade dos sistemas. Em alguns países, a energia eólica já é mais barata do que o gás natural. A China, que anunciou em junho seu plano para virar uma potência em energia limpa, pretende conseguir gerar, até 2020, 100 gigawatts a partir dos ventos - volume suficiente para abastecer todo o Brasil. A previsão dos especialistas é de que, até 2020, a geração de energia eólica corresponda a 12% da geração mundial. Inesgotável, a energia eólica tem como principais vantagens a não emissão de gases poluentes ou resíduos e o fato de que os parques eólicos são compatíveis com outros usos dos terrenos. O desafio, porém, é a integração aos sistemas de geração, por causa da intermitência - nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária.
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