Especialistas defendem construção de usinas termosolares com capacidade para transformar forte calor do deserto africano em eletricidade voltada para consumo interno e exportação.
A busca por fontes alternativas de energia atualmente domina discussões por todos os lados, desde universidades e veículos de comunicação até grandes convenções científicas e encontros de chefes de Estado. Muitos já dizem não agüentar mais tanto falatório sem aparentemente nenhuma solução concreta, seja para poluir menos, evitar o desperdício de energia elétrica ou atender à crescente demanda por eletricidade na chamada "era digital".
Mas em meio a tantos debates, surgem sim boas idéias e projetos promissores. Um deles propõe aproveitar o sol escaldante do deserto do Saara como fonte de energia para abastecer a Europa, a partir de usinas termosolares. O plano é, há mais de 20 anos, a menina-dos-olhos de comunidades científicas do mundo inteiro. Segundo especialistas, seis horas de calor nas regiões desérticas do planeta é o bastante para atender à demanda energética do mundo em um ano. Na prática, o mundo seria abastecido de energia elétrica enquanto houvesse sol.
Implantar esse modelo de abastecimento não é uma tarefa fácil, mas certamente é bem rentável. O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) estima que cerca de 400 bilhões de euros tenham de ser investidos até 2050 para atender a 15% da demanda energética da Europa, somente por meio de usinas termosolares. "Parece muito, mas até lá os custos de investimento e manutenção de tais usinas, medidos em kilowatt por hora, seriam mais baixos que os de usinas movidas a combustíveis fósseis", disse Hans Müller-Steinhagen, do Instituto de Termodinâmica Técnica, associado ao DLR, à televisão internacional alemã Deutsche Welle (DW).
Legal. Mas e para transportar a energia solar do deserto do Saara para a Europa? De acordo com pesquisadores, isso seria feito através do Mar Mediterrâneo, em corrente contínua. Dessa forma, as perdas durante o percurso seriam muito menores do que se a energia fosse enviada por meio de cabos comuns de alta tensão.
Mas em meio a tantos debates, surgem sim boas idéias e projetos promissores. Um deles propõe aproveitar o sol escaldante do deserto do Saara como fonte de energia para abastecer a Europa, a partir de usinas termosolares. O plano é, há mais de 20 anos, a menina-dos-olhos de comunidades científicas do mundo inteiro. Segundo especialistas, seis horas de calor nas regiões desérticas do planeta é o bastante para atender à demanda energética do mundo em um ano. Na prática, o mundo seria abastecido de energia elétrica enquanto houvesse sol.
Implantar esse modelo de abastecimento não é uma tarefa fácil, mas certamente é bem rentável. O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) estima que cerca de 400 bilhões de euros tenham de ser investidos até 2050 para atender a 15% da demanda energética da Europa, somente por meio de usinas termosolares. "Parece muito, mas até lá os custos de investimento e manutenção de tais usinas, medidos em kilowatt por hora, seriam mais baixos que os de usinas movidas a combustíveis fósseis", disse Hans Müller-Steinhagen, do Instituto de Termodinâmica Técnica, associado ao DLR, à televisão internacional alemã Deutsche Welle (DW).
Legal. Mas e para transportar a energia solar do deserto do Saara para a Europa? De acordo com pesquisadores, isso seria feito através do Mar Mediterrâneo, em corrente contínua. Dessa forma, as perdas durante o percurso seriam muito menores do que se a energia fosse enviada por meio de cabos comuns de alta tensão.
O transporte de energia parece ser mais simples do que o processo de produção nas usinas termosolares. Nelas, antes de se obter eletricidade, a energia solar é convertida em calor por meio de calhas parabólicas, amplos espelhos que captam os raios de sol em um tubo de absorção. Dentro desses tubos, um óleo térmico é aquecido a 400°C, produzindo um vapor d'água que movimenta as turbinas para, enfim, produzir energia elétrica. Acumuladores especiais de calor permitem que as termosolares operem também durante a noite.
PIONEIRISMO MERENGUE
Tirar usinas termosolares do papel é uma realidade mais próxima do que se pode imaginar. Atualmente, há cerca de 80 projetos para construção de usinas desse tipo em todo o mundo, a maior parte nos EUA e na Espanha, líder no setor com 30 obras de termosolares e impulsionada por um subsídio de até 20 centavos de euro por kilowatt/hora. É na parte sul do país ibérico, próximo à cidade de Granada, que está o maior projeto, com três unidades termosolares. A previsão é de que a primeira delas inicie operações já a partir de 2008, levando eletricidade a cerca de 200 mil pessoas na região.
Há atualmente 80 projetos de construção de usinas termosolares no planeta; 30 deles estão na Espanha, que colocaria primeira unidadeem operação em 2008
Apontada por especialistas como área de grande potencial termosolar, a África é uma região muito visada para a construção de usinas. Para isso, já acontecem negociações no Marrocos e algumas movimentações na Argélia, Líbia e Egito. "Para esses países, este é um mercado de futuro. Eles garantem seu próprio abastecimento e depois podem passar a exportar", diz Müller-Steinhagen. A construção de termosolares, porém, depende de altos investimentos que não podem ser realizados apenas por esses países africanos.
Já houve propostas concretas sobre o aproveitamento do calor no continente africano para a produção de energia elétrica. Uma delas, apresentada em 2003, foi o programa Desertc, do Clube de Roma, que prevê que países do Oriente Médio e do norte da África produzam eletricidade com base em fontes alternativas, como usinas termosolares e parques eólicos, inicialmente para consumo interno. A partir de 2020, essa energia produzida poderia ser exportada para outros mercados, sobretudo a Europa.
Especialistas alertam para o risco de guerras entre nações da África devido à possibilidade de fazer dinheiro com a energia solar. Seria parecido com os conflitos ocorridos após a descoberta de jazidas de petróleo. Há quem defenda, tanto quanto investir em usinas, o esclarecimento de questões políticas e econômicas envolvendo países com alto potencial termosolar.
PIONEIRISMO MERENGUE
Tirar usinas termosolares do papel é uma realidade mais próxima do que se pode imaginar. Atualmente, há cerca de 80 projetos para construção de usinas desse tipo em todo o mundo, a maior parte nos EUA e na Espanha, líder no setor com 30 obras de termosolares e impulsionada por um subsídio de até 20 centavos de euro por kilowatt/hora. É na parte sul do país ibérico, próximo à cidade de Granada, que está o maior projeto, com três unidades termosolares. A previsão é de que a primeira delas inicie operações já a partir de 2008, levando eletricidade a cerca de 200 mil pessoas na região.
Há atualmente 80 projetos de construção de usinas termosolares no planeta; 30 deles estão na Espanha, que colocaria primeira unidadeem operação em 2008
Apontada por especialistas como área de grande potencial termosolar, a África é uma região muito visada para a construção de usinas. Para isso, já acontecem negociações no Marrocos e algumas movimentações na Argélia, Líbia e Egito. "Para esses países, este é um mercado de futuro. Eles garantem seu próprio abastecimento e depois podem passar a exportar", diz Müller-Steinhagen. A construção de termosolares, porém, depende de altos investimentos que não podem ser realizados apenas por esses países africanos.
Já houve propostas concretas sobre o aproveitamento do calor no continente africano para a produção de energia elétrica. Uma delas, apresentada em 2003, foi o programa Desertc, do Clube de Roma, que prevê que países do Oriente Médio e do norte da África produzam eletricidade com base em fontes alternativas, como usinas termosolares e parques eólicos, inicialmente para consumo interno. A partir de 2020, essa energia produzida poderia ser exportada para outros mercados, sobretudo a Europa.
Especialistas alertam para o risco de guerras entre nações da África devido à possibilidade de fazer dinheiro com a energia solar. Seria parecido com os conflitos ocorridos após a descoberta de jazidas de petróleo. Há quem defenda, tanto quanto investir em usinas, o esclarecimento de questões políticas e econômicas envolvendo países com alto potencial termosolar.
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