Para os padrões internacionais, o mundo árabe pode ser rico em petróleo e gás, mas mesmo suas reservas de hidrocarbonetos são limitadas. Em alguns Estados, como Bahrain, Jordânia, Dubai e Omã, o déficit de energia é evidente ou está prestes a acontecer.
Além disso, os países do Conselho de Cooperação do Golfo integram uma das regiões que mais consome energia no mundo, por causa de um histórico de subsídios para a energia e preços controlados.
Por isso, pensar sobre alternativas renováveis para o petróleo e o gás (e para a energia nuclear, que também tem sido considerada) não é simples especulação. Reportagem de James Drummond, no Financial Times.
No ano passado, os Emirados Árabes Unidos comprometeram-se a suprir 7% da sua considerável demanda por energia a partir de fontes renováveis até 2020. Isso equivale a 1,5 GW de energia – um compromisso nada pequeno – diz Sami Khoreibi da Enviromena Power Systems. Essa empresa privada construiu uma usina de energia solar de 10 MW que está contribuindo com o fornecimento em Masdar City em Abu Dahbi, um centro de referência de neutralização de carbono e tecnologia ambiental.
Na maior parte do mundo, a energia hidrelétrica é a principal fonte de energia alternativa. Mas essa não é uma opção para a maioria dos países do Oriente Médio por causa da ausência de grandes rios e por serem cercados de mares de águas tranquilas. E a energia eólica não é muito atraente do ponto de vista econômico na região do Golfo porque os ventos ali não são fortes o suficiente, afirma a NCB Capital em um relatório recente intitulado Thinking Beyond Oil (Pensando Além do Petróleo).
A energia solar constitui o principal recurso natural. E nesse caso, assim como com o petróleo e o gás, o Oriente Médio é abençoado. A NCB Capital cita um estudo feito por Frazn Trieb do Centro Alemão Aeroespacial, que afirma que os maiores desertos árabes recebem, em média, por ano, o equivalente a 1,5 milhões de barris de petróleo por quilômetro quadrado.
“No final das contas, esse é um número bastante teórico”, afirma Khoreibi. “Mas acho que podemos imaginar chegar nesse número.
Tampouco há falta de espaço para as fazendas solares. De toda a área dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, 98,3% são terras impróprias para a agricultura e que não são cultivadas regularmente, afirma a NCB Capital.
Essas áreas recebem em média nove horas de luz solar por dia e têm pouca incidência de chuvas e nuvens. “As condições climáticas da região do Conselho de Cooperação do Golfo são extremamente propícias para o desenvolvimento da energia solar em grande escala”, diz a NCB Capital.
Jarmo Kotilaine, autor do relatório da NCB, diz que a iniciativa de Masdar em Abu Dhabi é o exemplo mais provável de como seguir adiante.
Do ponto de vista econômico, da forma como as coisas estão hoje, a geração de energia solar dificilmente atrairá investimentos e pesquisa em grande escala por parte do setor privado. Ao invés disso, o governo precisa dar uma resposta e, no caso de Masdar, é o que está acontecendo.
Kotilaine acredita que o desenvolvimento em larga escala da energia solar poderá provavelmente ser utilizado em grande parte para a dessalinização da água. Isso porque a demanda por água é muito grande e não tem acompanhado as tendências industriais e demográficas, e também porque colocar um projeto de energia solar ao lado de uma usina de dessalinização gera sinergia.
Uma dúvida quanto à produção de energia solar no Oriente Médio está ligada ao acúmulo de areia do deserto que limitaria a produtividade dos painéis fotovoltaicos. Mas a Enviromena está usando pincéis para limpar os painéis regularmente.
“Nós descobrimos que esse é um programa de manutenção muito simples, que não tem o impacto no desempenho que muitos céticos acreditavam que teria”, diz Khoreibi, que acrescenta que sua usina está funcionando como o planejado.
Além disso, os países do Conselho de Cooperação do Golfo integram uma das regiões que mais consome energia no mundo, por causa de um histórico de subsídios para a energia e preços controlados.
Por isso, pensar sobre alternativas renováveis para o petróleo e o gás (e para a energia nuclear, que também tem sido considerada) não é simples especulação. Reportagem de James Drummond, no Financial Times.
No ano passado, os Emirados Árabes Unidos comprometeram-se a suprir 7% da sua considerável demanda por energia a partir de fontes renováveis até 2020. Isso equivale a 1,5 GW de energia – um compromisso nada pequeno – diz Sami Khoreibi da Enviromena Power Systems. Essa empresa privada construiu uma usina de energia solar de 10 MW que está contribuindo com o fornecimento em Masdar City em Abu Dahbi, um centro de referência de neutralização de carbono e tecnologia ambiental.
Na maior parte do mundo, a energia hidrelétrica é a principal fonte de energia alternativa. Mas essa não é uma opção para a maioria dos países do Oriente Médio por causa da ausência de grandes rios e por serem cercados de mares de águas tranquilas. E a energia eólica não é muito atraente do ponto de vista econômico na região do Golfo porque os ventos ali não são fortes o suficiente, afirma a NCB Capital em um relatório recente intitulado Thinking Beyond Oil (Pensando Além do Petróleo).
A energia solar constitui o principal recurso natural. E nesse caso, assim como com o petróleo e o gás, o Oriente Médio é abençoado. A NCB Capital cita um estudo feito por Frazn Trieb do Centro Alemão Aeroespacial, que afirma que os maiores desertos árabes recebem, em média, por ano, o equivalente a 1,5 milhões de barris de petróleo por quilômetro quadrado.
“No final das contas, esse é um número bastante teórico”, afirma Khoreibi. “Mas acho que podemos imaginar chegar nesse número.
Tampouco há falta de espaço para as fazendas solares. De toda a área dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, 98,3% são terras impróprias para a agricultura e que não são cultivadas regularmente, afirma a NCB Capital.
Essas áreas recebem em média nove horas de luz solar por dia e têm pouca incidência de chuvas e nuvens. “As condições climáticas da região do Conselho de Cooperação do Golfo são extremamente propícias para o desenvolvimento da energia solar em grande escala”, diz a NCB Capital.
Jarmo Kotilaine, autor do relatório da NCB, diz que a iniciativa de Masdar em Abu Dhabi é o exemplo mais provável de como seguir adiante.
Do ponto de vista econômico, da forma como as coisas estão hoje, a geração de energia solar dificilmente atrairá investimentos e pesquisa em grande escala por parte do setor privado. Ao invés disso, o governo precisa dar uma resposta e, no caso de Masdar, é o que está acontecendo.
Kotilaine acredita que o desenvolvimento em larga escala da energia solar poderá provavelmente ser utilizado em grande parte para a dessalinização da água. Isso porque a demanda por água é muito grande e não tem acompanhado as tendências industriais e demográficas, e também porque colocar um projeto de energia solar ao lado de uma usina de dessalinização gera sinergia.
Uma dúvida quanto à produção de energia solar no Oriente Médio está ligada ao acúmulo de areia do deserto que limitaria a produtividade dos painéis fotovoltaicos. Mas a Enviromena está usando pincéis para limpar os painéis regularmente.
“Nós descobrimos que esse é um programa de manutenção muito simples, que não tem o impacto no desempenho que muitos céticos acreditavam que teria”, diz Khoreibi, que acrescenta que sua usina está funcionando como o planejado.
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