O Brasil chega a Copenhague em dezembro para a COP-15, a Conferência das Partes, com enormes desafios, mas com bons argumentos. Uma das tarefas mais complexas será convencer as nações ricas e as em desenvolvimento que o etanol é o combustível limpo das próximas décadas num momento em que os holofotes estão voltados para as enormes reservas de petróleo descobertas no pré-sal.
Os investimentos em combustível fóssil transformam o país em vidraça. Mas a importância do etanol é vista como escudo contra as críticas de ambientalistas e as restrições tarifárias e não-tarifárias impostas pelos países ricos. Mais agressivo que em encontros anteriores, o Brasil pretende mostrar que pode ser exemplo mundial e líder em combustíveis verdes.
"A posição do Brasil não será apenas valorizar a experiência em etanol de cana e mostrar como essa experiência pode ser replicada", diz Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro. O foco é destacar a "origem da matéria-prima utilizada na sua fabricação porque, no âmbito da COP-15 e de todas as ONGs e entidades multilaterais que tratam de sustentabilidade e de proteção do meio ambiente, existe uma consciência de que há relação entre a produção de etanol a partir de grãos e a segurança alimentar". Ou seja, ocupar terras com a plantação de milho para etanol também reduz as emissões de CO2, mas pode levar à pobreza, o que não acontece com a cana-de-açúcar.
Segundo Nastari, o Brasil vai defender o etanol como estratégia de desenvolvimento econômico e de proteção do meio ambiente, ressaltando que se trata de combustível produzido a partir de matérias-primas consideradas avançadas, dentre as quais a cana. Para convencer sua "plateia" de nações e especialistas, o país terá de mostrar os avanços regulatórios no zoneamento da terra, com a proteção de biomas e garantias para os trabalhadores. Sem isso, diz Nastari, o etanol brasileiro será barrado pelos países importadores.
Carlos Cavalcanti, diretor do Departamento de Energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), afirma que todos os números favorecem o etanol brasileiro. Ele cita estudos, entre eles o do professor Isaías Macedo, da Unicamp, que apontam a capacidade do etanol de reduzir em até 80% as emissões de gás carbônico. "Um programa de adição de 10% de etanol na gasolina consumida nos automóveis do mundo todo reduzirá de 5% a 8% a emissão de CO2", afirma. Eduardo Leão de Souza, diretor executivo da União Nacional dos Produtores de Cana-de-Açúcar (Unica), considera fundamental o estabelecimento de um marco regulatório energético confiável, com o alinhamento das diferentes áreas de governo e políticas do setor - o que traria benefícios internos e atrairia investimentos externos.
Os investimentos em combustível fóssil transformam o país em vidraça. Mas a importância do etanol é vista como escudo contra as críticas de ambientalistas e as restrições tarifárias e não-tarifárias impostas pelos países ricos. Mais agressivo que em encontros anteriores, o Brasil pretende mostrar que pode ser exemplo mundial e líder em combustíveis verdes.
"A posição do Brasil não será apenas valorizar a experiência em etanol de cana e mostrar como essa experiência pode ser replicada", diz Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro. O foco é destacar a "origem da matéria-prima utilizada na sua fabricação porque, no âmbito da COP-15 e de todas as ONGs e entidades multilaterais que tratam de sustentabilidade e de proteção do meio ambiente, existe uma consciência de que há relação entre a produção de etanol a partir de grãos e a segurança alimentar". Ou seja, ocupar terras com a plantação de milho para etanol também reduz as emissões de CO2, mas pode levar à pobreza, o que não acontece com a cana-de-açúcar.
Segundo Nastari, o Brasil vai defender o etanol como estratégia de desenvolvimento econômico e de proteção do meio ambiente, ressaltando que se trata de combustível produzido a partir de matérias-primas consideradas avançadas, dentre as quais a cana. Para convencer sua "plateia" de nações e especialistas, o país terá de mostrar os avanços regulatórios no zoneamento da terra, com a proteção de biomas e garantias para os trabalhadores. Sem isso, diz Nastari, o etanol brasileiro será barrado pelos países importadores.
Carlos Cavalcanti, diretor do Departamento de Energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), afirma que todos os números favorecem o etanol brasileiro. Ele cita estudos, entre eles o do professor Isaías Macedo, da Unicamp, que apontam a capacidade do etanol de reduzir em até 80% as emissões de gás carbônico. "Um programa de adição de 10% de etanol na gasolina consumida nos automóveis do mundo todo reduzirá de 5% a 8% a emissão de CO2", afirma. Eduardo Leão de Souza, diretor executivo da União Nacional dos Produtores de Cana-de-Açúcar (Unica), considera fundamental o estabelecimento de um marco regulatório energético confiável, com o alinhamento das diferentes áreas de governo e políticas do setor - o que traria benefícios internos e atrairia investimentos externos.
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