Uma empresa dinamarquesa acaba de inaugurar sua primeira fábrica de etanol de segunda geração, feito a partir de resíduos agrícolas, e já existe a intenção de implantar o novo processo industrial no Brasil. Trata-se de uma planta piloto montada pela Inbicon, subsidiária da Dong Energy, principal companhia de fornecimento de energia elétrica e aquecimento doméstico da Dinamarca. A biorrefinaria está localizada na cidade de Kalundborg e pode processar 30 mil toneladas de palha de trigo anualmente para produzir 5,4 milhões de litros de bioetanol de segunda geração, ou etanol celulósico.No processo de obtenção do etanol 2G são usadas enzimas especiais para liberar os açúcares presentes na celulose, depois de um pré-tratamento da palha feito através da explosão a vapor. De acordo com a Novozymes, que fornece enzimas industriais para a Inbicon, há estudos avançados para se obter etanol 2G no Brasil a partir do bagaço de cana-de-açúcar, material abundante no país. Inicialmente a produção seria destinada à exportação. A grande vantagem do etanol 2G é a redução da emissão de CO2 durante toda a cadeia produtiva em até 90% em relação a combustíveis convencionais. A Novozymes tem uma unidade funcionando no Brasil há vinte anos.
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