A oferta de açúcar e etanol no centro-sul do Brasil será menor do que o normal nos próximos meses, depois de as chuvas terem prejudicado a colheita e também porque grandes volumes já foram exportados.
Muitos analistas veem uma tendência de alta em preços como resultado, especialmente com a probabilidade de mais chuvas no início de 2010 -o período mais úmido do ano- o que vai manter o maquinário fora dos canaviais durante a maior parte do tempo.
"Existem muitos no mercado que preveem uma redução significativa em estoques de passagem (locais). É difícil citar números, mas não haverá muita sobra", disse Arnaldo Correa, diretor da Archer Consulting.
"Portanto acredito que haverá espaço para um aumento (maior) nos preços locais, especialmente para o açúcar", disse ele.
Os preços referenciais do açúcar doméstico estão em níveis recordes de alta em termos nominais, a cerca de 58 reais (33 dólares) por saca, alta de 4,8 por cento desde o início do mês, de acordo com o Cepea/Esalq.
"Devido a mais uma semana chuvosa, várias usinas que esperavam estender (a produção) até o final do mês decidiram paralisar a produção de açúcar nos últimos dias", disse o Cepea em um relatório.
A produção de açúcar do centro-sul está estimada em 29 milhões de toneladas, ainda acima das 26,75 milhões de toneladas de 2008/09, mas abaixo da previsão de setembro, de 29,4 milhões, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Analistas também estimam que os diferenciais de exportação de açúcar no centro-sul ficarão próximos de estáveis no início de 2010.
Os descontos já foram reduzidos, refletindo a menor disponibilidade de açúcar, e caíram na semana passada para cerca de 10 pontos abaixo do contrato março em Nova York, contra desconto de mais de 50 pontos há um mês, segundo a Archer Consulting.
"Os descontos vão provavelmente desapareceer no primeiro trimestre de 2010 porque não há muito açúcar. E os que tem um pouco não estão vendendo, na esperança de preços mais altos", disse Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro.
QUEDA NO ETANOL
Chuvas acima da média desde junho no centro-sul também reduziram a concentração de sacarose na cana e diminuíram o tempo que os produtores podem trabalhar nos campos. As usinas tiveram que deixar no campo cerca de 50 milhões de toneladas de cana, que agora ficarão para colheita em 2010.
Mesmo que o tempo mais seco permita que as usinas adiem a paralisação de fim de ano e comecem cedo a próxima colheita, como esperam, fatores técnicos as deixarão mais inclinadas a produzir etanol em vez de açúcar, segundo o Cepea.
Mesmo assim, pela primeira vez desde 2000/01, a produção de etanol do Brasil vai cair em relação à temporada anterior. A Unica prevê a produção de etanol do centro-sul em 23,4 bilhões de litros, contra 25,1 bilhões em 2008/09.
A demanda recorde pelo combustível neste ano também contribuiu para uma forte redução nos estoques de passagem.
"Se tivermos bastante chuva (até abril de 2010) veremos um forte aperto na oferta. Os mercados locais de açúcar e etanol entrarão em 'stress' em termos de oferta e preços", disse Júlio Maria Borges, diretor da Job Economia, em um relatório. Os preços locais do etanol no atacado já saltaram cerca de 40% desde agosto.
Muitos analistas veem uma tendência de alta em preços como resultado, especialmente com a probabilidade de mais chuvas no início de 2010 -o período mais úmido do ano- o que vai manter o maquinário fora dos canaviais durante a maior parte do tempo.
"Existem muitos no mercado que preveem uma redução significativa em estoques de passagem (locais). É difícil citar números, mas não haverá muita sobra", disse Arnaldo Correa, diretor da Archer Consulting.
"Portanto acredito que haverá espaço para um aumento (maior) nos preços locais, especialmente para o açúcar", disse ele.
Os preços referenciais do açúcar doméstico estão em níveis recordes de alta em termos nominais, a cerca de 58 reais (33 dólares) por saca, alta de 4,8 por cento desde o início do mês, de acordo com o Cepea/Esalq.
"Devido a mais uma semana chuvosa, várias usinas que esperavam estender (a produção) até o final do mês decidiram paralisar a produção de açúcar nos últimos dias", disse o Cepea em um relatório.
A produção de açúcar do centro-sul está estimada em 29 milhões de toneladas, ainda acima das 26,75 milhões de toneladas de 2008/09, mas abaixo da previsão de setembro, de 29,4 milhões, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Analistas também estimam que os diferenciais de exportação de açúcar no centro-sul ficarão próximos de estáveis no início de 2010.
Os descontos já foram reduzidos, refletindo a menor disponibilidade de açúcar, e caíram na semana passada para cerca de 10 pontos abaixo do contrato março em Nova York, contra desconto de mais de 50 pontos há um mês, segundo a Archer Consulting.
"Os descontos vão provavelmente desapareceer no primeiro trimestre de 2010 porque não há muito açúcar. E os que tem um pouco não estão vendendo, na esperança de preços mais altos", disse Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro.
QUEDA NO ETANOL
Chuvas acima da média desde junho no centro-sul também reduziram a concentração de sacarose na cana e diminuíram o tempo que os produtores podem trabalhar nos campos. As usinas tiveram que deixar no campo cerca de 50 milhões de toneladas de cana, que agora ficarão para colheita em 2010.
Mesmo que o tempo mais seco permita que as usinas adiem a paralisação de fim de ano e comecem cedo a próxima colheita, como esperam, fatores técnicos as deixarão mais inclinadas a produzir etanol em vez de açúcar, segundo o Cepea.
Mesmo assim, pela primeira vez desde 2000/01, a produção de etanol do Brasil vai cair em relação à temporada anterior. A Unica prevê a produção de etanol do centro-sul em 23,4 bilhões de litros, contra 25,1 bilhões em 2008/09.
A demanda recorde pelo combustível neste ano também contribuiu para uma forte redução nos estoques de passagem.
"Se tivermos bastante chuva (até abril de 2010) veremos um forte aperto na oferta. Os mercados locais de açúcar e etanol entrarão em 'stress' em termos de oferta e preços", disse Júlio Maria Borges, diretor da Job Economia, em um relatório. Os preços locais do etanol no atacado já saltaram cerca de 40% desde agosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário