sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Novas tecnologias mudam panorama energético mundial

Os engenheiros fizeram sua mágica novamente. O mundo não terá problemas de escassez de energia tão cedo quanto se temia.
Os EUA não vão consumir suas economias importando combustível. O domínio russo do gás na Europa vai se enfraquecer. A imprevidente Inglaterra poderá evitar os blackouts em meados da década.
Avanços na tecnologia de prospecção de gás de xisto e dos leitos de metano se aceleraram, mudando o equilíbrio global de energia mais rápido que se esperava.
Tony Hayward, executivo-chefe da BP, informa que as reservas mundiais de gás natural já confirmada subiram para o equivalente a 1,2 trilhões de barris de petróleo, o suficiente para o abastecimento de 60 anos, e estão aumentando rapidamente. Isto se dá, segundo Hayward, porque a tecnologia torna viáveis recursos não convencionais. Já Rune Bjornson, da norueguesa StatoilHydro, declarou que as reservas exploráveis são muito maiores do que se supunha há três anos e podem suprir a demanda global por gerações.
O Departamento de Energia dos EUA espera que o gás do xisto atenda à metade da demanda de gás dentro de 20 anos, se não antes. O uso de fontes alternativas como gás, energia eólica e solar, e a expansão dos carros elétricos pode reaproximar o país da autossuficiência energética. A Comissão Federal de Regulação de Energia dos EUA declarou que o país pode nunca mais precisar de mais carvão ou de usinas nucleares.
Mas o gás do xisto é sujo: libera água misturada com areia, ácidos e outras substâncias tóxicas. E também não é verde. O gás natural emite muito menos CO2 que o carvão e até mesmo que o xisto.
As afirmações da BP e da Statoil são tão extraordinárias que pode ser preciso rever a geoestratégia para os próximos 50 anos.

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