As recentes descobertas de reservas de petróleo no pré-sal, o potencial hídrico e eólico e a aposta no desenvolvimento dos bicombustíveis colocam o Brasil em uma posição privilegiada diante da crise financeira mundial e abrem novas oportunidades de investidores estrangeiros entrarem no país.
A conclusão foi consenso entre os especialistas que participaram do evento “O Setor Energético no Brasil”, promovido pelo jornal português Diário Econômico.
A EDP Energias do Brasil é um exemplo.
“Nosso plano é investir, em território brasileiro, R$ 4,4 bilhões nos próximos quatro anos e nós já temos recursos para isso”, afirma António Pita de Abreu, presidente da subsidiária brasileira do grupo Energias de Portugal (EDP).
Pita ressalta que os aportes serão destinados para a ampliação da capacidade geradora da empresa, sobretudo por meio da construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e usinas eólicas.
“No meio do ano que vem está previsto ocorrer um leilão específico para centrais eólicas. Acreditamos que o fato irá movimentar fortemente o setor”, afirma.
Rodolpho Tourinho, ex-ministro de Minas e Energia, concorda com Pita.
“É muito importante que o Brasil realize leilões específicos para que outras fontes limpas e complementares como a eólica se desenvolvam”, diz.
Tourinho ressalta o grande potencial dos ventos brasileiros e a tendência de redução no preço da geração eólica no país.
“Trata-se de um mercado muito promissor. Assim que o setor começar a ter ganhos de escala, o custo da geração vai reduzir bastante”, comenta.
José Guilherme de Ataíde, cônsul-geral de Portugal em São Paulo, salienta o potencial hídrico brasileiro e afirma que a matriz energética nacional é invejável.
“Energia é um dos assuntos mais importantes e mais falados no mundo e a matriz brasileira é constantemente dada como um bom exemplo”, diz.
Apesar do otimismo em relação ao desenvolvimento das fontes renováveis no Brasil, Paul Roberts, escritor do livro The end of oil, chama atenção para os possíveis obstáculos a ser gerados no setor por conta da redução do preço do petróleo.
“Nos Estados Unidos, o biocombustível não tem uma boa fama, mas no Brasil a situação é diferente. Porém, com a queda drástica na cotação do petróleo, o desenvolvimento de fontes renováveis pode deixar de valer a pena”, diz ele.
“Mas é preciso lembrar que as oscilações na cotação são fortes e tão logo o preço voltará a subir. Quando a ascensão começar, o mundo deve estar preparado para colocar em prática as fontes mais baratas”, salienta.
Para Roberts, o mundo precisa aproveitar o momento para investir fortemente no setor de biocombustíveis como uma saída para a diminuição da demanda por óleo.
Projetos com gás natural
Questionado sobre se a EDP prevê tocar projetos de térmicas a gás natural no país, Pita de Abreu afirma que a companhia mantém dois projetos de centrais que funcionarão com o insumo em território nacional.
Segundo o presidente da companhia portuguesa, a importação poderia ser feita por meio da empresa argelina Sonatrach, mas Pita não detalhou de que forma esse trâmite seria feito.
Sobre a situação financeira de Energias do Brasil, o presidente garante que, “do ponto de vista financeiro, a empresa é auto-sustentada”.
Pita de Abreu lembrou ainda que a empresa firmou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um contrato de financiamento de R$ 900 milhões, com condições flexíveis.
A verba, a utilizar nos próximos cinco anos, viabilizará parte dos R$ 4,4 bilhões que a empresa pretende aplicar ao longo dos próximos quatro anos.
Pita adiantou ainda que a empresa está negociando uma linha de crédito de € 90 milhões com o Banco Europeu de Desenvolvimento (BEI) para financiar parte do seu plano de investimentos.
A conclusão foi consenso entre os especialistas que participaram do evento “O Setor Energético no Brasil”, promovido pelo jornal português Diário Econômico.
A EDP Energias do Brasil é um exemplo.
“Nosso plano é investir, em território brasileiro, R$ 4,4 bilhões nos próximos quatro anos e nós já temos recursos para isso”, afirma António Pita de Abreu, presidente da subsidiária brasileira do grupo Energias de Portugal (EDP).
Pita ressalta que os aportes serão destinados para a ampliação da capacidade geradora da empresa, sobretudo por meio da construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e usinas eólicas.
“No meio do ano que vem está previsto ocorrer um leilão específico para centrais eólicas. Acreditamos que o fato irá movimentar fortemente o setor”, afirma.
Rodolpho Tourinho, ex-ministro de Minas e Energia, concorda com Pita.
“É muito importante que o Brasil realize leilões específicos para que outras fontes limpas e complementares como a eólica se desenvolvam”, diz.
Tourinho ressalta o grande potencial dos ventos brasileiros e a tendência de redução no preço da geração eólica no país.
“Trata-se de um mercado muito promissor. Assim que o setor começar a ter ganhos de escala, o custo da geração vai reduzir bastante”, comenta.
José Guilherme de Ataíde, cônsul-geral de Portugal em São Paulo, salienta o potencial hídrico brasileiro e afirma que a matriz energética nacional é invejável.
“Energia é um dos assuntos mais importantes e mais falados no mundo e a matriz brasileira é constantemente dada como um bom exemplo”, diz.
Apesar do otimismo em relação ao desenvolvimento das fontes renováveis no Brasil, Paul Roberts, escritor do livro The end of oil, chama atenção para os possíveis obstáculos a ser gerados no setor por conta da redução do preço do petróleo.
“Nos Estados Unidos, o biocombustível não tem uma boa fama, mas no Brasil a situação é diferente. Porém, com a queda drástica na cotação do petróleo, o desenvolvimento de fontes renováveis pode deixar de valer a pena”, diz ele.
“Mas é preciso lembrar que as oscilações na cotação são fortes e tão logo o preço voltará a subir. Quando a ascensão começar, o mundo deve estar preparado para colocar em prática as fontes mais baratas”, salienta.
Para Roberts, o mundo precisa aproveitar o momento para investir fortemente no setor de biocombustíveis como uma saída para a diminuição da demanda por óleo.
Projetos com gás natural
Questionado sobre se a EDP prevê tocar projetos de térmicas a gás natural no país, Pita de Abreu afirma que a companhia mantém dois projetos de centrais que funcionarão com o insumo em território nacional.
Segundo o presidente da companhia portuguesa, a importação poderia ser feita por meio da empresa argelina Sonatrach, mas Pita não detalhou de que forma esse trâmite seria feito.
Sobre a situação financeira de Energias do Brasil, o presidente garante que, “do ponto de vista financeiro, a empresa é auto-sustentada”.
Pita de Abreu lembrou ainda que a empresa firmou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um contrato de financiamento de R$ 900 milhões, com condições flexíveis.
A verba, a utilizar nos próximos cinco anos, viabilizará parte dos R$ 4,4 bilhões que a empresa pretende aplicar ao longo dos próximos quatro anos.
Pita adiantou ainda que a empresa está negociando uma linha de crédito de € 90 milhões com o Banco Europeu de Desenvolvimento (BEI) para financiar parte do seu plano de investimentos.
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