Azul e Embraer testam novo produto em 2012; Gol anunciou entrada em projeto de pesquisa.
A companhia aérea Azul e a Embraer vão realizar, no início de 2012, o primeiro voo experimental - sem passageiros - com o uso de um querosene obtido da cana-de-açúcar. A Azul aceitou testar, em um dos seus jatos Embraer, o bioquerosene, que está sendo desenvolvido pela multinacional de biotecnologia Amyris.
Embora o processo de certificação do novo combustível seja longo, o querosene de origem renovável poderá começar a ser produzido em escala industrial em 2013 como uma alternativa ao de origem fóssil, responsável pela alta carga de emissões de CO2 da aviação. A data do voo de demonstração foi prevista ontem no lançamento de um memorando de entendimento entre as companhias. Também participa do projeto a General Electric (GE), fabricante de motores para jatos.
Guilherme Freire, diretor de tecnologias para o meio ambiente da Embraer, explicou que a busca por combustíveis renováveis mobiliza toda a indústria de aviação diante das pressões pela redução das emissões do tráfego aéreo, responsável por 2% de todos os gases de efeito estufa liberados na atmosfera. A previsão é de 3% em 2050.
Esta semana, a Gol também anunciou sua entrada em um projeto de pesquisa de biocombustível para aviões - o Sustainable Aviation Fuel Users Group (Safug), o grupo de usuários de combustível de aviação sustentável, em português. Esse programa reúne empresas aéreas e provedores de tecnologia, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de novas fontes sustentáveis de combustível para aviação, alcançando seu uso comercial. O grupo trabalha em dois projetos preliminares de pesquisa. O primeiro estuda a sustentabilidade do cultivo do pinhão manso como alternativa para geração de combustível sustentável. E outra frente de estudos é relacionada ao uso de algas, com o objetivo de certificar que seu uso atende aos critérios de sustentabilidade. O grupo também prevê estudos futuros com outros tipos de matérias-primas.
No caso do projeto com a cana-de-açúcar, o diretor de desenvolvimento comercial da GE, Cláudio Loureiro, afirmou que o novo insumo não demanda alteração no projeto dos motores. Segundo ele, um tipo de biocombustível feito com babaçu já foi testado, com bons resultados, pela companhia Virgin, em parceria com a Boeing, na Europa, no ano passado. Um outro teste, da americana Continental, deve acontecer em 2010, mas com combustível de biomassa não divulgada.
Segundo o diretor geral da Amyris - que tem a Votorantim entre seus sócios -, Roel Collier, a cana é a matéria-prima mais viável e pode repetir na produção de querosene o grau de redução de emissão de CO2 de 80% a 90% que o etanol representou em relação à gasolina. No entanto, ainda não há um cálculo preciso. Ele explicou que não se trata de produzir um álcool para avião, mas um hidrocarboneto a partir de uma das etapas da produção do etanol. Após a fermentação do caldo da cana, o material que originará o bioquerosene é separado por centrifugação em lugar da destilação.
O vice-presidente operacional da Azul, Miguel Dau, afirmou que ele mesmo vai pilotar o jato Embraer que será empregado no voo experimental. Para Dau, além de atender à necessidade de reduzir emissões, a diversificação da matriz energética da aviação reduz a insegurança em relação à flutuação da cotação internacional do petróleo, já que as companhias têm entre 30 e 40% do seu custo no combustível.
A companhia aérea Azul e a Embraer vão realizar, no início de 2012, o primeiro voo experimental - sem passageiros - com o uso de um querosene obtido da cana-de-açúcar. A Azul aceitou testar, em um dos seus jatos Embraer, o bioquerosene, que está sendo desenvolvido pela multinacional de biotecnologia Amyris.
Embora o processo de certificação do novo combustível seja longo, o querosene de origem renovável poderá começar a ser produzido em escala industrial em 2013 como uma alternativa ao de origem fóssil, responsável pela alta carga de emissões de CO2 da aviação. A data do voo de demonstração foi prevista ontem no lançamento de um memorando de entendimento entre as companhias. Também participa do projeto a General Electric (GE), fabricante de motores para jatos.
Guilherme Freire, diretor de tecnologias para o meio ambiente da Embraer, explicou que a busca por combustíveis renováveis mobiliza toda a indústria de aviação diante das pressões pela redução das emissões do tráfego aéreo, responsável por 2% de todos os gases de efeito estufa liberados na atmosfera. A previsão é de 3% em 2050.
Esta semana, a Gol também anunciou sua entrada em um projeto de pesquisa de biocombustível para aviões - o Sustainable Aviation Fuel Users Group (Safug), o grupo de usuários de combustível de aviação sustentável, em português. Esse programa reúne empresas aéreas e provedores de tecnologia, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de novas fontes sustentáveis de combustível para aviação, alcançando seu uso comercial. O grupo trabalha em dois projetos preliminares de pesquisa. O primeiro estuda a sustentabilidade do cultivo do pinhão manso como alternativa para geração de combustível sustentável. E outra frente de estudos é relacionada ao uso de algas, com o objetivo de certificar que seu uso atende aos critérios de sustentabilidade. O grupo também prevê estudos futuros com outros tipos de matérias-primas.
No caso do projeto com a cana-de-açúcar, o diretor de desenvolvimento comercial da GE, Cláudio Loureiro, afirmou que o novo insumo não demanda alteração no projeto dos motores. Segundo ele, um tipo de biocombustível feito com babaçu já foi testado, com bons resultados, pela companhia Virgin, em parceria com a Boeing, na Europa, no ano passado. Um outro teste, da americana Continental, deve acontecer em 2010, mas com combustível de biomassa não divulgada.
Segundo o diretor geral da Amyris - que tem a Votorantim entre seus sócios -, Roel Collier, a cana é a matéria-prima mais viável e pode repetir na produção de querosene o grau de redução de emissão de CO2 de 80% a 90% que o etanol representou em relação à gasolina. No entanto, ainda não há um cálculo preciso. Ele explicou que não se trata de produzir um álcool para avião, mas um hidrocarboneto a partir de uma das etapas da produção do etanol. Após a fermentação do caldo da cana, o material que originará o bioquerosene é separado por centrifugação em lugar da destilação.
O vice-presidente operacional da Azul, Miguel Dau, afirmou que ele mesmo vai pilotar o jato Embraer que será empregado no voo experimental. Para Dau, além de atender à necessidade de reduzir emissões, a diversificação da matriz energética da aviação reduz a insegurança em relação à flutuação da cotação internacional do petróleo, já que as companhias têm entre 30 e 40% do seu custo no combustível.
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