O uso da cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de combustíveis chegará à aviação. Foi assinado nesta quarta-feira, no Rio, memorando de entendimentos para a produção de bioquerosene de aviação derivada da cana. A ideia é que o voo teste com esse tipo de combustível renovável seja feito em 2012, pela Azul Linhas Aéreas.
Firmaram intenções, no memorando, além da Azul, a Embraer, fabricante dos aviões E-Jet, usados pela companhia aérea; a GE (General Eletric), que fornece as turbinas dessas aeronaves para a Embraer; e a empresa americana Amyris Biotechnologies, que desenvolverá o bioquerosene.
Diretor-geral da Amyris, Roel Collier estima que a partir de 2013, já possa haver voos comerciais utilizando o combustível renovável. Ainda não está definido qual será o percentual do bioquerosene misturado ao QAV (Querosene de Aviação), que é derivado do petróleo. Mas o executivo calcula que será de, pelo menos, 20%, podendo chegar a até 50%.
Collier comentou ainda que a projeção atual indica que o bioquerosene derivado da cana será mais barato do que o QAV. Ele, no entanto, ressaltou, que tudo dependerá do comportamento dos preços das matérias-primas desses combustíveis.
"Além disso, o bioquerosene vai precisar passar por uma fase de desenvolvimento", afirmou.
Esse movimento em busca do bioquerosene está diretamente associado à busca de menores emissões de poluentes na atmosfera, ressaltou o diretor de Estratégias e Tecnologias para o Meio Ambiente da Embraer, Guilherme Freire. Atualmente, a aviação é responsável por 2% do gás carbônico deixado no ar. Com o ritmo de crescimento previsto para os próximos anos, essa proporção subiria para 3% em 2050.
Com o novo biocombustível, a expectativa é que as emissões caiam de 80% a 90%, se comparado ao QAV. Roel Collier acrescentou que os primeiros indícios apontam que o bioquerosene terá um aproveitamento energético superior ao do QAV.
"Outra vantagem seria reduzir a volatilidade do preço do combustível para uma companhia, devido às oscilações do petróleo. Os custos com combustível representam de 30% a 40% do total de uma empresa", observou.
Vice-presidente operacional da Azul, Miguel Dau disse que não estão previstos ajustes nos motores dos aviões da companhia para receber o bioquerosene. A previsão é que o voo teste utilize, em um tanque, o QAV; no outro, será colocado o combustível renovável.
Ele salientou que a utilização do bioquerosene, em escala comercial, dependerá do retorno econômico e operacional para a empresa. "A qualidade tem que ser, pelo menos, igual. Não posso encher o tanque do meu avião e ter menos autonomia", afirmou.
Firmaram intenções, no memorando, além da Azul, a Embraer, fabricante dos aviões E-Jet, usados pela companhia aérea; a GE (General Eletric), que fornece as turbinas dessas aeronaves para a Embraer; e a empresa americana Amyris Biotechnologies, que desenvolverá o bioquerosene.
Diretor-geral da Amyris, Roel Collier estima que a partir de 2013, já possa haver voos comerciais utilizando o combustível renovável. Ainda não está definido qual será o percentual do bioquerosene misturado ao QAV (Querosene de Aviação), que é derivado do petróleo. Mas o executivo calcula que será de, pelo menos, 20%, podendo chegar a até 50%.
Collier comentou ainda que a projeção atual indica que o bioquerosene derivado da cana será mais barato do que o QAV. Ele, no entanto, ressaltou, que tudo dependerá do comportamento dos preços das matérias-primas desses combustíveis.
"Além disso, o bioquerosene vai precisar passar por uma fase de desenvolvimento", afirmou.
Esse movimento em busca do bioquerosene está diretamente associado à busca de menores emissões de poluentes na atmosfera, ressaltou o diretor de Estratégias e Tecnologias para o Meio Ambiente da Embraer, Guilherme Freire. Atualmente, a aviação é responsável por 2% do gás carbônico deixado no ar. Com o ritmo de crescimento previsto para os próximos anos, essa proporção subiria para 3% em 2050.
Com o novo biocombustível, a expectativa é que as emissões caiam de 80% a 90%, se comparado ao QAV. Roel Collier acrescentou que os primeiros indícios apontam que o bioquerosene terá um aproveitamento energético superior ao do QAV.
"Outra vantagem seria reduzir a volatilidade do preço do combustível para uma companhia, devido às oscilações do petróleo. Os custos com combustível representam de 30% a 40% do total de uma empresa", observou.
Vice-presidente operacional da Azul, Miguel Dau disse que não estão previstos ajustes nos motores dos aviões da companhia para receber o bioquerosene. A previsão é que o voo teste utilize, em um tanque, o QAV; no outro, será colocado o combustível renovável.
Ele salientou que a utilização do bioquerosene, em escala comercial, dependerá do retorno econômico e operacional para a empresa. "A qualidade tem que ser, pelo menos, igual. Não posso encher o tanque do meu avião e ter menos autonomia", afirmou.
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