quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Empresas aéreas testam novo biocombustível

Feito a partir das sementes da planta jatropha (pinhão-manso), nativa da América Central e utilizada ao longo de séculos como cerca viva, o biocombustível foi usado nas últimas seis semanas em voos experimentais das companhias Air New Zealand, Japan Airlines e Continental Airlines.
Pesquisadores estão otimistas com a possibilidade de substituir querosene como combustível. O responsável pelo Programa de Sustentabilidade de Biocombustíveis da Boeing disse que tecnicamente o biocombustível feito de jatropha teve um desempenho impecável nos testes.
A Boeing faz parte do Grupo de Usuários de Combustível Sustentável para Aviação, que inclui nove companhias aéreas e a UOP, uma subsidiária da multinacional norte-americana Honeywell, que trabalha no desenvolvimento de tecnologia de combustíveis. Criado em 2008, o grupo quer viabilizar o abastecimento de aviões com combustíveis alternativos, como os feitos de jatropha, algas e de uma planta chamada camelina.
O setor aéreo, preocupado com os gastos com combustível, busca alternativas - algas, camelina, pinhão-manso -, no entanto, especialistas alertam que alguns dos novos combustíveis, entre eles o carvão, simplesmente substituem um problema por outro.
A Continental Airlines usou recentemente um combustível feito de algas e pinhão-manso para um vôo de duas horas num Boeing 737 na região de Houston, EUA. Foi o primeiro teste com biocombustíveis em um jato bimotor. Já a Air New Zealand realizou um vôo com um quadrimotor Boeing 747 no qual um dos motores tinha uma mistura com 50% de biocombustíveis, e a Japan Airlines também planeja testes com esse fim. Embora o preço do querosene de aviação tenha caído junto com o do petróleo, executivos do setor manifestam a intenção de ficarem menos dependentes de uma fonte única de combustível.
Os ambientalistas defendem fortemente os combustíveis de baixo carbono, desde que não compitam com a produção de alimentos.

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